Depois do grande sucesso mundial entre investidores de pequeno, médio e grande porte no ano passado, as ETFs (Exchange Traded Funds) – fundos de investimento que espelham determinados índices e que possuem cotas negociadas nas Bolsas de Valores, mostram-se, neste início de ano, como uma boa oportunidade para quem busca facilidade na negociação de ações e deseja diversificar recursos também em 2017. Conheça mais sobre esta opção de investimento e saiba quais serão as principais tendências para ETFs neste ano.
ETFs: Tendência no mercado mundial
As ações de ETF podem ser compradas ou vendidas durante a sessão pelo preço de mercado na bolsa em que estão listadas, mas podem ser negociadas em condições adversas em períodos de estresse no mercado, como qualquer outra ação. A queda nos rendimentos em outros tipos investimentos, no entanto, tem impulsionado a emissão de ETFs e levado à consolidação destes fundos.
Um levantamento feito pelo rastreador de dados XTF mostra que os ativos das ETFs encerraram 2016 com US$ 2,17 trilhões em ações, US$ 436 bilhões em renda fixa e US$ 175 bilhões em commodities, moedas e em outras estratégias dos fundos. Em todo o mundo, as ETFs movimentaram US$ 270 bilhões no ano passado.
De acordo com o diretor de Mercado de Capitais da Global Exchange-Trade Funds, David Mann, o mercado de ETFs, deverá manter as tendências atuais e estarão em alta em 2017. Segundo ele, tanto as ETF’s de renda variável quanto de renda fixa serão boas opções para investimento nos EUA.
Para Mann, os investidores devem considerar, em algum momento, investir em ETF’s ativos ( que não replicam o desempenho de um índice, operando por meio de gestão ativa da carteira) ao invés de investir em fundos de investimento de índice ponderado – mais tradicionais no mercado, buscando a melhor opção através de análise das regras e metodologias aplicadas ao investimento.
WSJ: ETFs Smart-Beta para 2017
Em reportagem publicada no início do ano, o Wall Street Journal (WSJ) destaca as Smart-Beta ETFs (fundos que usam regras alternativas de construção de índices ao invés de utilizar estratégias de índices ponderados) como opção para 2017, uma vez que este tipo de ETF vem atraindo investidores institucionais nos últimos anos e acumulando mais de US$ 540 bilhões em ativos nos EUA, segundo informações da Morningstar.
As ETFs Smart-Beta são altamente indicadas para investidores que desejam maximizar sua renda e retorno e minimizar seus riscos.
Forbes: Custos devem ser observados
Já a Forbes ressalta que o custo deve ser fator determinante para a escolha das ETFs na hora de investir, incluindo a taxa cobrada sobre a carteira pelo vendedor do fundo, o spread e o custo das comissões que a carteira recupera ao emprestar ações a vendedores descobertos que, muitas vezes, pode ser negativo. A publicação indica, para 2017, investimento em ETFs centradas em fundos passivos – há mais de 480 opções de fundos para aplicação nos EUA, que possuem US$ 50 milhões ou mais em ativos e despesas anuais líquidas limitadas a até 0,4%.
Risco de Novas Regulamentações
Com o início de um novo Governo, existe sempre a possibilidade de haver mudanças regulatórias para as ETFs, mas o diretor de Mercado de Capitais da Global Exchange-Trade Funds ressalta que ainda é muito cedo para prever qualquer modificação. Ele ainda diz que, no caso de alguma mudança política ou econômica positiva para a área de investimentos, apostar em ETFs recentemente listados poderia ser uma boa opção.
*Escrito por Luana Neves, colaboradora da Liberta Global.