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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em queda nesta quinta-feira, com as ações da Vale entre as maiores baixas, em dia de divulgação de um grande número de balanços corporativos. Apesar do noticiário corporativo intenso, investidores seguiram atentos à cena política ao longo do dia após a Câmara dos Deputados concluir nesta madrugada a votação do projeto de lei da reforma trabalhista, com o texto-base sendo aprovado com 296 votos a favor e 177 contra.
Ibovespa Hoje
O Ibovespa fechou em baixa de 0,29% nesta quinta-feira, 27 de abril de 2017, cotado em 64.676,55.
O resultado desta quinta foi influenciado, principalmente, pelo desempenho negativo das ações da mineradora Vale, que despencaram mais de 4% (foi a maior queda do Ibovespa no dia). Os papéis da Petrobras caíram mais de 1%. Por outro lado, as ações do Banco do Brasil, do Bradesco e do Itaú Unibanco fecharam em alta. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Ibovespa em Abril
Em abril, após dezessete pregões, o principal índice de ações brasileiro acumula uma desvalorização de 0,47%. Ao longo do mês, foram realizados oito pregões de alta contra nove de baixa. No pregão do dia 31 de março, o indicador encerrou cotado em 64.984,07 pontos.
Ibovespa em 2017
Em 2017, após setenta e nove pregões, o Ibovespa acumula uma valorização de 7,39%. No último pregão de 2016, o principal índice acionário do país fechou cotado em 60.227,29 pontos. Ao longo do ano, foram registrados trinta e seis pregões de baixa contra quarenta e três de alta.
Cenário Externo
No exterior, o mercado voltou a especular sobre o aumento dos juros nos Estados Unidos, após governo norte-americano anunciar um corte dos impostos para as empresas. Juros maiores nos EUA podem atrair para lá recursos investidos em mercados onde as taxas são hoje mais vantajosas, como o brasileiro.
Cenário Interno
Investidores estavam preocupados com o cenário político. Na noite de quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou, por 296 votos a 177, a reforma trabalhista, mas o placar não trouxe tranquilidade ao governo sobre o futuro da reforma da Previdência, que precisa de 308 votos favoráveis para passar na Casa. A proposta é considerada pelo mercado como essencial para equilibrar as contas públicas.
A greve geral de várias categorias de trabalhadores marcada para esta sexta-feira aumenta a cautela dos investidores, que temem que as manifestações possam levar alguns deputados a votarem contra a reforma da Previdência.
A votação do projeto na comissão especial da Câmara que analisa o tema foi adiada em um dia e deve acontecer na próxima quarta-feira.
