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Como aplicar em ativos no exterior

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Como aplicar em ativos no exterior

 JORNALISTA RESPONSÁVEL: GRAZIELI BINKOWSKI

A gradativa retomada da economia americana, aliada à projeção de alta no dólar e ainda à volatilidade do mercado de capitais brasileiro, tem levado muitos analistas financeiros a recomendar que seus clientes apliquem uma parte dos recursos em ativos estrangeiros. Há três caminhos mais adequados para estes investimentos, explica o consultor financeiro e fundador do Clube do Valor Ramiro Gomes Ferreira, credenciado pela CVM como gestor de carteiras e consultor de valores mobiliários.

Um deles é abrir uma conta em banco ou uma corretora no exterior e fazer remessas para investir em ativos locais. Se por um lado abre um leque de possibilidades para quem busca, pontualmente, uma empresa americana, como IBM, Google, Facebook, Caterpillar, Apple, entre outros, por outro há a burocracia. “Investidores com mais de US$ 100 mil em aplicações e bens fora do Brasil precisam comunicar o Banco Central anualmente sobre essas aplicações. Para países com acordo tributário com o Brasil, como os Estados Unidos, o IR pago no exterior pode ser compensado na declaração de ajuste anual”, explica Ferreira.

Outra opção é aplicar via ETF (Exchange Traded Fund), em que o investidor pode comprar cotas como se fossem ações, semelhante ao que ocorre com fundos imobiliários. Conforme Ferreira, nestes fundos se adquire ações das 500 maiores empresas listadas nos Estados Unidos. Em junho, foram realizados 231 mil negócios com os ETFs na BM&FBovespa (Atual B3), acima dos 188 mil negócios de maio. O custo para investir neles é o mesmo de se comprar uma ação em bolsa ou um fundo imobiliário: a taxa de corretagem (que, normalmente, não é superior a 0,5% sobre o montante negociado). Um dos principais índices no Brasil em ETFs é o iShares S&P 500 (IVVB11), que teve valorização de 11,59% em 12 meses até 6 junho, conforme a Black Rock.

Quem quiser evitar as burocracias pode aplicar por meio de fundos brasileiros que aplicam em papéis do Exterior. A facilidade é fazer tudo no Brasil, em reais, sem precisar abrir uma conta fora do país ou converter reais em dólares. Destinados a investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão investido), esses fundos são obrigados a manter, no mínimo, 67% da sua carteira em ativos estrangeiros. “Os alertas para estes tipos de aplicação, além da restrição a investidores qualificados, é a dificuldade de se analisar o perfil dos fundos e taxas de administração potencialmente altas, geralmente a partir de 1,5%”, alerta Ferreira.

Quem decidir aplicar via BDRs (Brazilian Depositary Receipts) certificados emitidos no Brasil que representam ações de empresas estrangeiras) encontrará no Brasil cerca de 130 papéis estrangeiros. A modalidade é oferecida por fundos, instituições financeiras ou diretamente a investidores pessoas física com aplicações superiores a R$ 1 milhão. Em junho, foram realizados 25.263 negócios com os BDRs na BM&FBovespa, um pouco acima dos 22.585 do mês anterior. O volume financeiro foi de R$ 288,99 milhões. Conforme levantamento do serviço Comparador de Fundos, um dos fundos mais rentáveis do gênero é o Safra Consumo Americano BDR – Nível 1, com alta de 15,94% em 2017.

A tendência é que haja um aumento da oferta de papéis estrangeiros no Brasil, já que no final de abril a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou a Instrução 585, que permite que estrangeiros vendam BDRs sem precisar de registro na autarquia, dentro das regras de ofertas restritas para investidores profissionais. A expectativa é de que a medida atraia especialmente empresas da América Latina, como Chile, Argentina e Colômbia, que têm mercados de capitais menores que o do Brasil.

Mas é preciso estar atento: há também os riscos, que estão no distanciamento de investidores da administração das empresas, que tornam mais difíceis as análises fundamentalistas, e o câmbio: Parte da variação dos BDRs está ligada à valorização do dólar. Conforme a Órama Investimentos, em razão dos riscos embutidos em qualquer ação, “investir em BDRs através de fundos de investimento é mais simples, pois minimiza os riscos, e se investe em uma carteira diversificada”, defende a Órama.

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