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PIB, Inflação, Dólar,Juros e Dívida Pública

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PIB – A última edição da pesquisa Focus, divulgada segunda-feira (29), reduziu a previsão de crescimento do PIB de 2017 de 0,50% para 0,49% e a de 2018, de 2,50% para 2,48%.
A crise política instalada com a delação dos irmãos Batista, que atingiu em cheio a claudicante credibilidade do Presidente Temer, continua pressionando negativamente o desempenho da economia. Os principais indicadores econômicos já estão acusando os efeitos deletérios dos desmandos políticos. Neste ambiente carregado o mercado reduziu a expectativa em relação ao crescimento econômico. A esperada expansão do PIB de 2017 antes da crise foi reduzida para 0,49%. O IBGE anunciou quinta-feira (01), o crescimento do PIB do primeiro trimestre deste ano, de 1% em relação ao quarto trimestre de 2016. O agaronegócio foi o responsável por esta leve alta no 1T17. Para os economistas do mercado não podemos esperar muito para os outros trimestres porque alguns setores ainda não estão recuperados e também considerando tudo o que tem acontecido nos últimos dias. A capacidade de governança de Temer para concluir o projeto de reformas é um tema que provoca acirrada discussão e gera muita dúvida. Os indicadores econômicos devem refletir a desconfiança do mercado. Afinal, a “Ponte para o Futuro”, projetada por Temer, teve seus alicerces seriamente abalados pelo tsunami Batista. A travessia agora, depende de temerária pinguela que balança movida pelos ventos de rigoroso inverno político que se aproxima ameaçador.

Inflação – A pesquisa Focus alterou a expectativa de inflação de 2017 que passou de 3,92% para 3,95%. A projeção para 2018 foi alterada de 4,34%, para 4,40%.
O aumento das projeções é decorrente da incerteza gerada pela crise política causada por um governo desacreditado. O fato de que alguns índices de preços tem apresentado comportamento positivo, ultimamente, não permite concluir que a inflação atingirá a meta projetada para este ano. O IGPM, índice usado para correção de contratos de várias naturezas, apresentou retração de 0,93% em maio após queda de 1,1% em abril. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado, caiu 1,56% neste mês, após queda de 1,77% em abril. A FGV informou ainda que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, teve aumento de 0,29% em maio, depois de ter alta de 0,33% em abril, revelando tendência de desaceleração. O INCC, índice que mede a evolução do custo da construção civil, apresentou alta de 0,13% este mês, após queda de 0,08 em abril. O Índice de Preços ao Consumidor calculado pela FIPE apresentou queda 0,05% este mês, primeira deflação ocorrida em maio desde 2006. O desempenho da economia depende do desfecho da crise política.

Dólar – O dólar à vista variou esta semana dos R$ 3,269 de segunda-feira (29) aos R$ 3,254 nesta sexta-feira (02). A pesquisa Focus desta semana alterou a previsão da taxa do dólar para o final de 2017 de R$ 3,23 para R$ 3,25 e a de 2018, de R$ 3,36 para R$ 3,37.
A taxa de câmbio acumula queda de 0,34% na semana, alta de 1,96% no mês e de 0,12% no ano. Nos últimos doze meses apresenta queda de 9,91%. Analistas esperam um período de taxa de câmbio volátil enquanto perdurar o imbróglio político palaciano.

Juros – A Focus repete esta semana a estimativa da taxa Selic deste ano e a de 2018 de 8,50%. A crise política, que o governo tenta negar sua existência. Influenciou a decisão do Copom de cortar a taxa básica de juros em um ponto percentual, repetindo corte anterior. A taxa Selic passou de 11,25% para 10,25% a.a. conforme esperava o mercado desde a delação dos irmãos Batista da JBS. No texto do comunicado do Copom a palavra “incerteza” foi repetida cinco vezes numa clara demonstração que a crise política é real e preocupa muito o mercado. O comunicado alude, ainda, à tendência da Comissão de manter uma “redução moderada” da taxa nas próximas reuniões. O impacto das gravações e vídeos da delação dos Batistas sobre a agenda econômica do governo foi o principal argumento do BC para a decisão de reduzir o corte, fato suficiente para alimentar ainda mais o clima de incerteza quanto à aprovação do projeto de modernização trabalhista e, especialmente, a reforma da previdência. A turbulência política, definitivamente, está retardando o processo de flexibilização monetária. Está na hora do país discutir a reforma política, que nos parece essencial para a solução da crise econômica e de outras que afetam, frequentemente, a vida dos brasileiros.

Dívida Pública – A pesquisa manteve esta semana a previsão da dívida líquida do setor público de 2017 em 51,50% e a de 2018 em 55,20% do PIB. A dívida líquida do setor público corresponde ao saldo líquido do endividamento do setor público não financeiro e do Banco Central com o sistema financeiro (público e privado), o setor privado não financeiro e o resto do mundo. O saldo líquido é o balanceamento entre as dívidas e os créditos do setor público não financeiro e do Banco Central.

ACIONISTA COM BR,  06 JUN, 2017

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