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Caiu mais um tijolo da muralha

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A reforma trabalhista foi aprovada nesta terça-feira em sessão muito conturbada no Senado. Extremamente relevante para a economia, e uma das principais matérias de Temer, o texto modifica mais de 100 pontos arcaicos da famosa CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Temer não queria alterações no texto, para assim evitar o retorno da matéria à Câmara, e conseguiu. 50 senadores votaram a favor da proposta, 20 contra e 1 se absteve. O placar expressivo mostrou que a articulação funcionou, mas isso não significa que o governo está vencendo a crise política, pelo contrário.

A reforma trabalhista era vista como ponto fundamental para agenda de alguns partidos que formam a base do atual governo, em especial o PSDB. Com a reforma trabalhista aprovada, e sem a menor condição para avanço na reforma da previdência (necessários 2/3 da Câmara e do Senado), restam poucos motivos para que partidos comprometidos com a agenda econômica continuem apoiando o governo Temer.

Ainda que a necessária reforma da previdência seja empurrada para o próximo governo, mantendo o gravíssimo quadro fiscal, as perspectivas tendem a melhorar na margem com a superação de um grande entrave. As novas regras trabalhistas certamente contribuirão para melhora da produtividade no Brasil, derrubando mais um tijolo da muralha de problemas estruturais domésticos.

É um importante passo não só para aumentar o potencial de crescimento econômico, como para a própria dinâmica inflacionária. Num mercado mais produtivo, as condições melhoram para o surgimento da concorrência e as empresas anteriormente dominantes precisam inovar para defenderem suas fatias de mercado. Mais concorrência, mais inovação, mais produtividade significa mais oferta de qualidade. E quanto melhor a oferta, menor a pressão sobre os preços. Quanto menor a pressão sobre os preços, menor a carga de juros necessária a ser praticada pela política monetária. Com juros mais baixos, o crédito se torna mais acessível ao consumo e ao investimento, pequenos negócios podem sair do papel, e a roda da economia gira sustentavelmente.

A gestão Temer acumula uma série de pontos negativos, mas é preciso reconhecer e comemorar a modernização das relações de trabalho, uma das principais agendas defendidas pelo setor produtivo não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Um dos pontos mais criticados por empresários estrangeiros sobre o Brasil era justamente o elevado risco trabalhista, muito alto comparado a outras economias desenvolvidas e até mesmo emergentes.

Sob a expectativa de aprovação da reforma trabalhista, o risco Brasil continuou cedendo nos últimos dias, enquanto a bolsa recupera preços, os juros futuros oscilam na mínima do mês e o dólar contra real perde força.

O câmbio é o destaque da semana, voltando a se aproximar da importante média móvel simples de 200 períodos diária. O dólar opera vendido contra o real no curtíssimo prazo, pressionado pela conturbada gestão Donald Trump e melhora no sentimento local.

USDBRL

A bolsa de valores partiu para teste e possível rompimento da principal linha de resistência localizada na região dos 64,2k, após formação de fundo ascendente bem em cima da linha central de bollinger. Com dois candles de alta seguidos, a media móvel simples de 200 períodos diária voltou a ser retomada e o mercado está pronto para estopar posições vendidas nos próximos dias/semanas, destravando uma congestão de curtíssimo prazo, além de fortalecer a perna de alta iniciada na região de suporte psicológico dos 60k.

BVSP

O mercado de commodities, em recuperação de preços nos últimos dias, corrobora para melhora do clima nas praças financeiras de economias exportadoras de commodities. O índice Jefferies Reuters de commodities também formou fundo ascendente bem em cima da linha central de bollinger, após uma forte sequência de quedas registradas nos últimos meses.

CRB

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