Segundo o Money Times, o Santander Brasil (BOV:SANB3) anunciou lucro líquido gerencial, que não considera ágio, de R$ 2,335 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 29,29% maior que a registrada em idêntico intervalo do ano passado, de R$ 1,806 bilhão. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, quando a cifra foi de R$ 2,280 bilhões, cresceu 2,4%. No primeiro semestre, o lucro líquido gerencial do Santander Brasil alcançou R$ 4,615 bilhões, montante 33,2% superior ao registrado no mesmo período de 2016, quando ficou em R$ 3,466 bilhões.
Com esse desempenho, a filial brasileira respondeu por 26% do resultado global do grupo, elevando seu peso em relação ao final do ano passado, quando a representatividade da operação era de 21%. “Seguimos com crescimento sustentável e consistente do lucro líquido em 13 dos últimos 14 trimestres”, destaca o Santander, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
A carteira de crédito ampliada do Santander totalizou R$ 324,944 bilhões ao final de junho, cifra 0,1% menor que a registrada em março, de R$ 325,426 bilhões. Em um ano, quando o saldo era de R$ 308,377 bilhões, aumentou 5,4%. O Santander Brasil detinha R$ 653,050 bilhões em ativos totais no segundo trimestre deste ano, montante 0,3% menor que o registrado 12 meses antes, de R$ 655,194 bilhões.
Na comparação com os três meses anteriores, de R$ 713,517 bilhões, a queda foi ainda maior, de 8,5%. O patrimônio líquido final do Santander alcançou R$ 59,608 bilhões de abril a junho, aumento de 5,0% em um ano e de 1,0%% em relação ao trimestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE), ajustado pelo ágio, do banco ficou em 15,8% no segundo trimestre, praticamente estável, com queda de 0,1 ponto porcentual ante o primeiro, de 15,9%.
No semestre, a rentabilidade do banco ficou em 15,9%, 3,1 p.p. maior que a vista em um ano, de 12,8%. De acordo com o Santander Brasil, a rentabilidade foi suportada, principalmente, pela maior geração de receitas no varejo, como resultado da expansão dos negócios, gestão preventiva de riscos e melhora da eficiência que refletiu o aumento da produtividade.
Com ajustes
No conceito societário, que leva em conta ágio de aquisições feitas pelo banco, o lucro líquido do Santander Brasil no segundo trimestre foi de R$ 1,879 bilhão, elevação de 39,50% na comparação com a cifra de R$ 1,347 bilhão um ano antes. Em relação aos três meses anteriores, de R$ 1,824 bilhão, teve crescimento de 3,0%. No semestre, o lucro foi de R$ 3,704 bilhões, expansão de 44,7% em relação à primeira metade de 2016, quando o resultado do espanhol no Brasil totalizou R$ 2,560 bilhões.
Índice de Basileia
O índice de Basileia do Santander Brasil, que mede o quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, foi a 16,5% ao final de junho, 0,7 ponto porcentual acima do indicador visto ao final de março, de 15,8%. Em relação a igual período do ano passado, porém, foi identificada retração de 1,2 p.p. Do total do indicador no segundo trimestre, 15,4% corresponderam ao capital de nível I, acima do visto nos primeiros três meses de 2017, de 14,7%.
O capital de nível II ficou estável em 1,1% no comparativo trimestral e foi 0,1 p.p. menor na relação anual. O patrimônio de referência do Santander Brasil foi a R$ 62,047 bilhões de abril a junho, aumento de 0,8% em relação a um ano antes. Antes os três meses imediatamente anteriores, foi vista alta de 0,3%.