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BCE: Processo de normalização está próximo

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Mercados Globais

Se alguma coisa merece atenção no pregão de hoje é o euro. Apesar de termos a tentação de voltarmos nossos olhos para outras notícias nesse segmento (moedas digitais?), o euro tem uma importância que só é menor que a do dólar, respondendo por mais de trinta por cento das transações globais, afetando nosso dia a dia de forma inquestionável.

Hoje ele voltou a subir acima dos US$ 1,20, resultado das reações do mercado ao anúncio, feito pelo Banco Central Europeu, de que os juros e a oferta monetária na Zona do euro irão começar a se normalizar. O BCE, no entanto, não fez qualquer referência sobre quando começará a fazer isso.

Ontem, em seu comunicado à imprensa após a reunião do comitê de política monetária, a diretoria da autoridade afirmou que os juros básicos continuarão no patamar atual (-0,40%) por bastante tempo e que o aumento da oferta monetária continuará no ritmo atual, de € 60 bilhões por mês, até o final do ano, podendo ser prorrogada/aumentada se for preciso. Em sua entrevista, porém, o presidente Mario Draghi sinalizou que a normalização está próxima, mas sem um compromisso para quando ela será feita.

Ocorre que os processos de recuperação das economias têm sido muito lentos e, via de regra, seguidos por quedas mais abruptas e violentas. O receio dos bancos centrais é que após o longo ciclo de estímulo, as economias caiam novamente em recessão, com custos ainda mais elevados para novos pacotes de estímulo. A cautela no processo de normalização tem sido a regra para o BCE (Zona do Euro), para o FED (EUA), o PBOC (China) e BoJ (Japão).

O fato é que o euro está em franco processo de recuperação frente ao dólar, após um longo ciclo de desvalorização, que começou em dezembro de 2014 e que levou à desvalorização de 21% da moeda, com nove meses consecutivos de queda frente ao dólar. Veja o gráfico do euro frente ao dólar:

 

 

Os impactos desses movimentos ocorrem no lado real das economias (comércio) e no lado financeiro (os fluxos de capital). Uma consequência imediata é que continuaremos a ver o dólar cair contra o real, obrigando o BC a reagir comprando moeda (ou por meio dos swaps) e reduzindo ainda mais os juros.

As exportações da China subiram menos que o esperado no mês passado (5,5% em doze meses, frente à expectativa de 6,0%). As da Alemanha também decepcionaram, subindo 0,2% no mês, contra uma expectativa de 1,3%. A boa notícia é que as importações da China subiram forte, sinalizando um mês de atividade forte na segunda maior economia do planeta.

Brasil

No Brasil o pregão tende a ser morno, sem notícias relevantes na economia após o feriado da independência. A abertura sugere que a dólar deve continuar em queda, carregando consigo os juros. A Bovespa deve ter outro pregão agitado, já que o fluxo para o mercado de capitais tem obrigado à mudança nos portfólios dos fundos e das famílias, com aumento de posição em ações. O mercado, nesse segmento é francamente altista e deve continuar assim até que os juros básicos, em queda, disseminem todos os seus efeitos sobre a economia real e sobre os balanços das empresas e das famílias.

 

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