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Trabalhamos com uma SELIC de 6,5% ao final do ano

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Mercados Globais

O grande tema dos mercados globais, ao lado das questões geopolíticas, continua sendo a normalização da política monetária levada a cabo pelos grandes bancos centrais, que tende a elevar os juros básicos e reduzir a imensa quantidade de moeda disponível na economia global. Ontem dois diretores do FED dos EUA fizeram pronunciamentos públicos e voltaram a sinalizar que a elevação dos juros deve ser ainda mais lenta que o planejado inicialmente.

Os juros básicos nos EUA já subiram de 0,25% para os atuais 1,25% desde novembro de 2015, em quatro altas de 0,25%. Se considerarmos uma taxa de 3,5% como a “normal”, ainda falta muita coisa para os juros subirem. Ocorre que a inflação caiu fortemente em quase todas as economias e a percepção é de que essa queda veio para ficar por muito tempo.

Além disso, as taxas de crescimento têm se mostrado mais modesta, jogando as pressões inflacionárias para baixo e mantendo as expectativas contidas em relação ao futuro. Diante disso, os juros ficam muito baixos, impulsionando os preços dos ativos financeiros e reais para cima. Depois dos discursos dos diretores do FED, ontem, sinalizando juros baixos por mais tempo, os preços dos títulos subiram forte, colocando os juros dos títulos do tesouro dos EUA, indexados à inflação, em território negativo, novamente.

Veja o gráfico dos títulos de cinco anos indexados à inflação:

 

Mantendo-se os juros baixos nos EUA, o dólar cai em relação às outras moedas e impulsiona os preços da commodities (referenciados em dólar) e os preços das dívidas soberanas de todos os países. O euro voltou a ficar acima dos US$ 1,19 e os títulos pré-fixados do tesouro alemão para dez anos estão pagando 0,36%.

Apesar desse fator positivo para os mercados, as bolsas estão fracas por conta da tensão diplomática gerada pela Coreia do Norte. Os EUA têm insistido na política de pressão sobre os seus parceiros, exigindo o bloqueio comercial da Coreia do Norte. A China está sinalizando desconforto com essa política e, ontem, Vladimir Putin bateu frontalmente com Trump, definindo a sua iniciativa nesse tema de “inútil e ineficaz”. Em meio a essa divisão, os mercados globais adotam uma postura mais cautelosa.

Brasil

No Brasil os indicadores de inflação vão confirmando a tendência de queda forte atenuada apenas pelos preços dos produtos oferecidos pelos setores mais concentrados da nossa economia: combustíveis e energia elétrica.

Veja o gráfico abaixo, com o IPCA acumulado em doze meses:

 

O gráfico mostra que a inflação oficial derreteu 8,25% em dezenove meses, resultado da queda do dólar, da normalização da oferta de energia e alimentos e dos efeitos da contração econômica sobre os setores competitivos. Não fossem os efeitos das altas de gasolina e da energia elétrica, estaríamos com uma inflação negativa ou próxima de zero. Os alimentos, que têm o maior peso isolado na inflação, caíram 1,07% em agosto e acumulam queda de 1,56% no ano.

Esse quadro inflacionário implica em novas quedas de juros, que podem fazer a taxa SELIC cair para níveis inéditos, sobretudo se levarmos em conta que o BNDES agora terá a TLP mais elevada para os juros de seus empréstimos.

Trabalhamos com uma SELIC de 6,5% ao final do ano, com duas quedas de 1% (hoje e em outubro) e uma de 0,75% (em dezembro). Adiantando-se a isso, o mercado já reduziu os juros para 2021 a 8,98%, pela primeira vez desde 2012. Os juros devem continuar a cair e a impulsionar os preços dos ativos (ações e títulos) e, por esse caminho, a atividade econômica.

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