A Amazon (BOV:AMZO34) iniciou nesta quarta-feira, 18 de outubro, a vender produtos eletrônicos de terceiros, para os consumidores brasileiros.
Assim, a empresa de e-commerce deseja expandir a sua oferta para além de livros e competir diretamente com o comércio online no país.
Com a expectativa do publico em alta, a empresa oferecerá televisores, celulares e laptops de centenas de vendedores independentes em seu site brasileiro, sem se envolver na complicada logística que prejudicou muitos varejistas online do Brasil.
Alex Szapiro, chefe da Amazon no Brasil, não quis comentar sobre planos para a companhia armazenar seu próprio estoque de eletrônicos ou abrir um centro de processamento para despachar os produtos de terceiros com mais eficiência, como fez simultaneamente ao lançamento de vendedores independentes no México há dois anos.
“Cada país tem seu perfil”, disse Szapiro em uma entrevista à Reuters na sede da Amazon em São Paulo. Ele ajudou a lançar o negócio brasileiro da empresa com livros digitais em 2012 depois de comandar as operações da Apple no país durante cinco anos.
As ações das rivais no comércio online Mercado Livre (NASDAQ:MELI), Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3) caíram 14, 17 e 20 por cento, respectivamente, na semana passada devido aos temores de uma competição acirrada da Amazon.
Para acompanhar o mercado virtual local, a Amazon parcelará as compras em até dez vezes sem juros, uma prática que a empresa iniciou no Brasil na venda do leitor digital Kindle em 2014 e depois estendeu ao México e a outros países.
Os vendedores serão pagos antecipadamente, menos uma comissão de 10 por cento da Amazon e taxa mensal de 19 reais ou de 2 reais por item. Szapiro classificou a comissão de 10 por cento como uma taxa “promocional”, sem dizer quando ou a quanto será elevada futuramente.