Nos últimos meses, o aumento no número de pessoas interessadas em realizar algum tipo de investimento financeiro é bastante expressivo. Em 2016, a Bovespa encerrou o ano com um crescimento de 17,9% de pessoas físicas nos negócios, segundo informações divulgadas pela própria instituição. Por outro lado, este cenário anda lado a lado com um momento repleto de incertezas no país. Crises econômicas, escândalos políticos, mega operações e imprevisibilidade para os próximos anos são alguns motivos que podem tirar o sono de qualquer brasileiro que deseja investir. Para isto, a renda fixa é uma ótima opção, mas que, ainda assim, exige alguns cuidados e um deles – e talvez o principal – é: fugir dos grandes bancos.
A preferência do investidor que busca a renda fixa ainda está nos ativos de capitalização bancária, os famosos CDBs. Eles concentram 37,37% do volume aplicado em títulos e valores mobiliários de renda fixa, ou seja, mais do que 1 real a cada 3 reais investidos em renda fixa estão em CDB. Porém, nem todos os CDBs são iguais e nem todos os bancos pagam a mesma taxa, como acontece com a caderneta de poupança. “Apesar de muito mais conveniente, aparentemente mais fácil e mais seguro, investir em CDB no mesmo banco que você mantém sua conta corrente pode ser uma grande armadilha.”, afirma André Malucelli, diretor do Paraná Banco.
De acordo com ele, os grandes bancos de varejo normalmente tem uma facilidade maior em conseguir recursos para sua capitalização, acabando assim pagando taxas menores em seus CDBs. “O que acontece de fato é que o investidor acaba pagando uma espécie de “taxa de conveniência” ao permanecer em seu banco quando vai investir em CDB.”, finaliza André.
Para se ter uma noção, enquanto um grande banco de varejo paga em média 90% a 95% do CDI em aplicações do CDB, bancos menores – como é o caso do Paraná Banco – pagam taxas de 109,5% do CDI para aplicações de dois anos. Esta diferença não representa mais riscos para o investidor, muito pelo contrário. As aplicações de até R$ 250 mil por CPF são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), independente do tamanho do banco emissor. O FGC é uma entidade que funciona como mecanismo de proteção ao investidor.
No caso de CDBs maiores, ou seja, valores que ultrapassam R$ 250 mil por CPF, é importante ressaltar eles não são garantidos pelo FGC. Por isso, caso aconteça algo com o banco, o investidor corre o risco de perder o valor que ultrapassar este montante. André alerta que, nestes casos, também é possível minimizar os riscos, mesmo em bancos menores.
Segundo ele, é importante observar o rating concedido aos bancos médios e pequenos pelas agências de risco. “Estes ratings significam qual a solidez destes bancos. Em outras palavras, qual a probabilidade da instituição quebrar e não honrar com os rendimentos dos seus investimentos”.
As notas melhores são concedidas em letras, onde “A” é a maior. Bancos que possuem uma avaliação “A” possuem uma gestão sólida, transparente e uma governança que traz previsibilidade ao investidor. Isto garante segurança para quem deseja investir. Notas menores ou a ausência de classificação significam um risco muito maior.
Abaixo, uma tabela dos melhores ratings para os bancos que pagam mais de 105% do CDI para aplicação de 2 anos:
Banco | Classificação de Risco |
Paraná Banco | FITCH AA- / S&P A |
Pan | FITCH A+ / S&P BBB- / MOODYS BAA2 |
BMG | FITCH A- / MOODYS BAA3 |
BTG Pactual | FITCH A- / S&P A- / MOODYS A2 |
Original | FITCH BBB+ / S&P BBB / MOODYS BAA1 |
Indusval & Partners | S&P BB- |
Fibra | S&P B- / MOODYS B2 |
Modal | MOODYS BAA3 |
Topázio | Banco Topázio S.A |
Como escolher o melhor CDB?
Existem algumas modalidades de CDBs no mercado, e antes de contratar, o investidor precisa levar alguns outros pontos em consideração.
A maioria dos CDBs existentes são pré-fixados. Isto significa que, a taxa de juros do rendimento é fixa e o investidor sabe exatamente, já no momento do investimento, quanto será o seu rendimento no final do período.
Existe também o CDB pós-fixado, quando está indexado à taxa DI (CDI). Isto significa que, a taxa de juros a ser paga pelo investimento varia de acordo com a taxa DI. Atualmente, ela está em 8,14% ao ano. De acordo com o André esta modalidade pode parecer mais arriscada à primeira vista. “Mas na verdade, são adequados para quem busca segurança em momentos de incerteza econômica, pois garantem o poder de compra do investidor”. Segundo ele, não importa o que aconteça com a economia do Brasil e a taxa de juros, o investidor está sempre protegido, já que sua rentabilidade aumentará ou diminuirá na mesma proporção que a taxa DI.
Ambos os casos há incidência de imposto de renda sobre o rendimento, e a alíquota diminui na medida em que o dinheiro fica mais tempo investido.
Contratação
Além de oferecer taxas melhores, bancos de porte menor possuem mais agilidade em implantação de sistemas tecnológicos em comparação com grandes bancos. O Paraná Banco, por exemplo, oferece ao investidor um sistema 100% online para a abertura de conta de investimento. O usuário não precisa sair da frente do computador ou celular para começar a investir.
“É bem simples: basta preencher o formulário, submeter os documentos pela própria internet e transferir o dinheiro por meio de um TED.”, explica André. Após este processo, a aplicação já está efetivada. Com relação ao resgate, o processo é igualmente facilitado e pode ser realizado pela internet.
No site do Paraná Banco também é possível realizar simulações e descobrir qual a melhor forma de aplicar em CDB.
Ótima analise e comentários claros. Boa pagina para buscar esclarecimentos e subsídios.
Antonio Nacif Boan
Muito bom trabalho. A página traz informações preciosas para o investidor. Parabéns.