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Semana tem feriado aqui e nos EUA, vendas no varejo, IGP-DI e bolsa perto do recorde

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Dois feriados marcam a semana: segunda-feira nos EUA (Columbus Day, ou Dia da Descoberta da América) e quinta-feira no Brasil, em comemoração à padroeira do país, Nossa Senhora Aparecida, com os mercados fechados lá e aqui. Na economia interna, as atenções devem se voltar principalmente para o índice de comércio varejista de agosto, que o IBGE apresenta na quarta.  

A semana começa com a divulgação do IGP-DI de setembro e a atualização das projeções do mercado no boletim Focus, com a expectativa de nova revisão para baixo do IPCA na segunda-feira logo pela manhã. Na terça, haverá a apresentação de dados da balança comercial, a situação fiscal e do mercado de trabalho. Na política, continuam os riscos de acirramento de tensões relacionados, sobretudo, com delações próximas do presidente e principais assessores.   

Vendas do comércio devem crescer 

Na avaliação dos economistas do Departamento de Pesquisas Econômicas (Depec) do Bradesco, as vendas do varejo de agosto serão o foco da semana. “Esperamos avanço de 0,1% no comércio restrito”, ressalta análise da equipe. A expectativa é que apesar da ligeira acomodação em relação aos meses anteriores, o resultado de agosto não terá influência direta dos saques do FGTS, que terminaram em meados de julho. “Caso nossa projeção se confirme, refletirá uma retomada sustentada do consumo”, diz relatório do banco. 

O Banco Fator estima para as vendas no varejo restrito (que não incluem automóveis e materiais de construção) crescimento mensal de 0,5% em agosto e 5% na variação interanual. Já para o varejo ampliado, os valores esperados são 1,2% na comparação mensal e de 9% no ano. As vendas de automóveis explicariam, segundo a equipe de analistas, a maior parte dessa alta, o que é positivo para a indústria, fortemente concentrada no setor automotivo. 

IGP-DI de setembro: nova alta 

O Banco Fator destaca que, como já era esperado, o IGP-DI inverteu sua trajetória deflacionária em agosto, registrando alta de 0,24% no mês. Na variação em 12 meses, porém, o resultado se manteve negativo (-1.61%) pelo terceiro mês seguido, o que, para os analistas, deve continuar pelo menos até o fim do ano.  

“Para este mês (setembro), estimamos alta de 0,51%, acumulando -1.15% em 12 meses. Esperamos alta de 0,95% no IPA (atacado), igualmente entre os preços agrícolas e os industriais, e leve deflação no IPC (preços ao consumidor)”, dizem os economistas em relatório. A Gradual Investimentos estima alta de 0,50% para o IGP-DI de setembro. 

De olho no Focus 

Para os analistas do Fator, o destaque do relátorio focus nesta semana é que se verifica novamente uma revisão do IPCA para baixo, pela sexta vez consecutiva, para casa dos 2,95% em 2017. O valor para 2018 também segue caindo, passando para 4,06%. Taxa de câmbio e  taxa Selic se mantêm em 3,16% e 7%, respectivamente. 

Situação fiscal 

O Prisma Fiscal divulga na terça-feira o relatório com as expectativas do mercado para a situação fiscal do país. Segundo o relatório de agosto, destaca o Banco Fator, esperava-se um déficit fiscal para o resultado primário de R$ 159 milhões. Este valor significa uma revisão de R$ 841 milhões em relação às estimativas de agosto, batendo  com a meta do Governo Central (Tesouro, BC e Previdência). A estimativa dos analistas do banco, com base nas informações disponíveis, é de um déficit de R$ 172 bilhões. 

Segundo a equipe, o mercado também acompanhará de perto, na terça-feira, a divulgação pelo IBGE do Levantamento da Produção Agrícola e, pela Fiesp, do nível de emprego da indústria paulista. A variação mensal de julho para indústria foi de -0.08%. 

Agenda internacional: foco em dados da economia dos EUA 

Na agenda internacional, o destaque, na visão da Rosenberg Associados, fica com a ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) referente à reunião de setembro, e com a inflação nos Estados Unidos no mesmo mês. A ata deve dar clareza acerca do curso da política monetária, tocando pontos como a normalização do balanço do Fed, que começará a ser executada em outubro, e a expectativa de nova elevação de juros no último trimestre deste ano.

A normalização do balanço significa a venda de volta para o mercado dos papéis que o BC americano comprou dos bancos para injetar dinheiro na economia no processo chamado de Quantitative Easing (QE) após a crise de 2008, depois que a queda dos juros chegou ao limite e era preciso fazer algo para tentar fazer a economia reaquecer. Esses papéis estão na carteira do Fed e vão voltar ao mercado, que devolverá o dinheiro ao BC, o que representará um enorme enxugamento de liquidez. Por isso, o processo é acompanhado de perto pelo mundo inteiro. Também na Europa, o Banco Central Europeu (BCE)  

O dado de inflação de setembro, diz a consultoria, também terá elevada relevância, ainda que possa estar contaminado pela oscilação brusca observada no preço dos combustíveis após o furacão Harvey – que afetou importante zona de refino de petróleo no Texas. 

Cenário externo positivo para atividade e inflação 

Para o Depec, do Bradesco, as atenções estarão voltadas para divulgações que devem confirmar o cenário benigno para a inflação e positivo para a atividade, com dados sobre a inflação ao consumidor nos EUA e na Alemanha. Os economistas ressaltam ainda que serão conhecidos dados da China, de balança comercial e crédito, de produção industrial na Zona do Euro e das vendas no varejo nos EUA.  

“A despeito da desaceleração esperada na China, os dados deverão reforçar nossa visão de crescimento forte e espalhado na economia global nesse terceiro trimestre, sem perspectivas de pressões inflacionárias ao consumidor, garantindo um ambiente global com ampla liquidez nos próximos meses”, diz relatório do banco. 

Bolsa: nervosismo com os preços das ações 

O economista-chefe da Home Broker Modalmais, Álvaro Bandeira, analisa um cenário onde, na medida em que o Índice Bovespa bate sucessivos recordes, os investidores tendem a ficar cada vez mais nervosos com o nível geral de preços das ações. “Com lucros de curto prazo para serem realizados, muitos investidores tendem a desfazer posições e aguardar algum retorno dos preços para se reposicionarem”, observa. 

No entanto, lembra que o mercado não tem dado muita chance para que isso ocorra, e os investidores acabam por buscar posicionamento em outras ações, o que reforça o fluxo de recursos canalizado para o mercado secundário. 

Análise gráfica e novos patamares 

“Na medida em que o nível geral de preços sobe, cresce o interesse das empresas em lançarem ações novas e de aberturas de capital. Isso, mais para frente, tende a absorver boa parte do fluxo de recursos dirigido para renda variável”, diz Bandeira. Mas acrescenta: “nossa visão é que ainda não começamos essa fase e haveria espaço para novas arrancadas da B3, antes que o risco de desmonte do mercado se faça presente”.  Ou seja, para ele, o fluxo ao mercado deve continuar e o ajuste se dará em termos de alta dos preços dos ativos. 

O economista diz que, pela análise gráfica, o Ibovespa deveria superar inicialmente o patamar de 78.500 pontos para depois buscar o objetivo psicológico de 80.000 pontos (número redondo). “Com o horizonte mais longo, poderíamos projetar 82.000 pontos como novo objetivo”, completa.       

 

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