Mercados Globais
Em meio ao feriado nos Estados Unidos e no Japão, o principal destaque para o início do dia foi a queda de 2,29% na bolsa de Xangai, na China. O selloff chinês está estritamente ligado ao governo que alertou ao preço “excessivo” de alguns ativos na bolsa de valores. Houve uma queda fortíssima em ativos de tecnologia e em muitas das blue chips chinesas. Os investidores reagiram de forma bastante negativa ao ocorrido, que se somou com a ausência de boas perspectivas da ata do FOMC, divulgada ontem. Veja o índice de Xangai:
As bolsas europeias foram brevemente impactadas pelo sentimento chinês, mas as divulgações de índices de atividades para a Zona do Euro logo reafirmaram um otimismo. O PMI para a Zona do Euro subiu para 57,5 pontos, marcando sua máxima em 17 anos. Embora o otimismo em relação aos preços esteja bem baixo, o mercado de trabalho é um dos principais motivos para o bom desempenho na Zona do Euro. Veja na imagem abaixo o PMI (em linha azul) e o PIB (em cinza), mostrando uma sólida expansão:
O fraco volume de negócios, certamente, deve impactar de forma negativa os mercados globais, sobretudo os emergentes como o Brasil.
Brasil
No Brasil, o mercado abriu em leve queda. No campo político, o governo continua na tentativa de convencer o mercado que haverá reforma. Ontem, o Congresso aprovou repasse de R$ 99,3 milhões para fins publicitários sobre a reforma da Previdência. Já no campo econômico, o destaque fica por conta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE. Houve uma variação de 0,32% em novembro, abaixo da taxa de outubro (0,34%). Sendo assim, o acumulado do ano vai para 2,58%, enquanto o acumulado nos últimos doze meses ficou em 2,77%. A alta foi abaixo do acumulado de 2,84%, esperado pelo mercado.