A China está demorando mais para emitir certificados de segurança para cargas de soja geneticamente modificadas (OGM), em um movimento que pode diminuir a demanda por compras nos próximos meses, disseram quatro fontes. O país, que adquire 60% das exportações globais de soja, compra soja geneticamente modificada do Brasil e dos Estados Unidos, principalmente para alimentar a maior criação de porcos do mundo.
Mas pelo menos uma parte de cerca de 60 mil toneladas de carregamentos não receberam certificados e mais cargas poderiam enfrentar problemas no futuro, disseram fontes. “Há algumas cargas que chegaram, mas não têm certificados. Elas estão enfrentando custos devido aos atrasos dos navios de 15 mil dólares por dia. Pode ser que mais embarques sejam impactados no futuro”, ele disse, referindo-se às cobranças que aqueles que afretam navios devem pagar aos proprietários quando os cargueiros não são descarregados no tempo acordado.
A China começou a realizar checagens nas importações de soja ao longo do último ano. Enquanto alguns processadores começaram a pedir certificados mesmo antes de reservar uma carga, outros então tentando conseguir mais tempo atrasando os embarques.
O processo de aprovação mais difícil também pode impedir que alguns compradores façam aquisições, alertou um segundo operador baseado na China.