Veja o que movimentou a política nacional hoje.
Greve geral
As principais entidades representantes dos trabalhadores estão organizando manifestações na próxima sexta-feira (10) contra à implementação da nova legislação trabalhista no dia 11. O chamado “Dia Nacional da Paralisação” deve acontecer em todas as capitais e no Distrito Federal, a partir das 9h30min. “Mais do que um ato de repúdio à reforma trabalhista, que retira direito dos trabalhadores, e contra a portaria do trabalho escravo, [a manifestação desta] sexta-feira será um preparo para uma paralisação nacional”, afirmou João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. A paralisação futura será contra a Reforma da Previdência.
CPMI da JBS
O senador Ataídes Oliveira, presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, afirmou que irá pedir o cancelamento dos acordos de delação premiada dos executivos Wesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva. O pedido será baseado no artigo 4 da lei 12.850, que regulamenta as delações, que diz que “nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciará, na presença do seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade”. Durante a interrogação de Batista, o executivo reafirmou a intenção de permanecer em silêncio.
Delações premiadas
Wesley Batista afirmou que os colaboradores da Justiça estão sendo “punidos” e “perseguidos” pelas verdades que disseram. “Estamos vivendo um imenso retrocesso daquilo que esperava ser um profundo processo de transformação do País. O que vejo são colaboradores sendo punidos pela verdade que disseram. As delações fizeram o País se olhar no espelho. Como não gostou do que viu, o resultado tem sido colaboradores presos e delatados soltos”, afirmou. Batista também argumentou que ser colaborador “não é fácil” e “causa muita apreensão”, já que é “um processo imprevisível e inseguro”.
Presidência do PSDB
O senador Tasso Jereissati lançará oficialmente a sua candidatura à presidência do PSDB, e disputará o posto com o senador Aécio Neves e o governador Marconi Perillo. Membros da legenda esperam que algum desses candidatos desistam, uma vez que o partido está dividido e cada líder possui um posicionamento. Tasso é favorável a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a necessidade do PSDB fazer uma autocrítica. “Espero que a gente não tenha nenhuma briga de arranhão, puxar cabelo, nada disso”, brincou.
Reforma da Previdência
O deputado Darcisio Perondi afirmou que uma emenda ao relatório da Reforma da Previdência será apresentada nas próximas semanas pelo relator Arthur Maia. “Haverá uma emenda substitutiva. Vocês já sabem que o texto da comissão está pronto. Só pode ser mudado no plenário e isso só se faz com uma emenda aglutinativa. Consultores da Câmara, muitos deputados durante este período de dois, três meses onde o senhor [Rodrigo] Janot boicotou a reforma da previdência este grupo continuou estudando. A proposta ficará melhor, mais acessível, mas não se fechou”, disse.
Nas contas do deputado, hoje o governo teria entre 250 e 260 votos para aprovar o texto, mas pode chegar a 308 com a reconstrução da base. “Alguns lideres que precisam serem mais trabalhados, que tem alguns que estão descontentes. O tempo é curto, mas o tempo existe e é possível”, reforçou.