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Três aplicações para ganhar dinheiro com o Agronegócio

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O crescimento do agronegócio, com mais investimentos dos produtores em maquinário e tecnologia, abre espaço para investidores buscarem papéis atrelados ao campo. Embora os preços das commodities agrícolas estejam relativamente baixos no mercado internacional em comparação ao ano passado, as safras no Brasil vão bem, em particular da soja e do milho, com perspectiva de aumento na área plantada e redução de custos, conforme os relatórios da Assessoria Econômica da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

Conforme Daniel Guedine, assessor de investimentos e educador financeiro, um bom caminho para surfar na onda do agronegócio são os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Trata-se de títulos emitidos por securitizadoras cuja finalidade é adquirir recebíveis (empréstimos, duplicatas, notas promissórias etc.). Nos últimos anos, os emissores têm mirado pequenos investidores no interesse em pulverizar a base de captação. Por isso já podem ser encontrados no mercado CRAs com investimento mínimo abaixo de R$ 1 mil. A estratégia tem funcionado: o estoque (volume financeiro na carteira de investidores) na B3 superou a marca de R$ 26 bilhões em outubro, um recorde obtido com a operação da RB Capital Securitizadora com lastro Solar, que captou R$ 657 milhões junto a 1.786 investidores, sendo 98% pessoas físicas. No mesmo período em 2016 o montante era de R$ 11,8 bilhões.

As formas mais comuns de remuneração de CRAs são percentual do CDI (taxa pós-fixada); CDI + Taxa Prefixada; Índices de Preços + Taxa Prefixada e Taxa Prefixada. “Uma das vantagens dessa aplicação é a tributária, por parte da economia obtida pelas empresas na captação de recursos será repassada ao investidor, uma vez que os rendimentos são isentos de imposto” afirma Guedine, que aproveita para alertar: “Mas há também desvantagens: o CRA não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), já que as garantias são definidas para cada emissão”.

Outra forma de aplicar no agronegócio são as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), essas já relativamente popularizadas entre os pequenos investidores. Os títulos funcionam de maneira muito semelhante ao Certificado de Depósito Bancário (CDB), remunerando um percentual do DI. Mais uma vez a vantagem está na isenção do Imposto de Renda, mas a diferença para as CRAs é que há cobertura do FGC. “A maior parte das corretoras de valores não cobra taxa de custódia para os investimentos nesses papéis, o que faz o custo do investimento ser quase nulo”, explica o consultor financeiro André Bona.

Para quem tem estômago para opções mais arrojadas, os derivativos agrícolas são a oportunidade de apostar nos preços. São contratos futuros e opções que permitem a compra de pequenas partes de grandes contratos estabelecidos por investidores sobre a expectativa do valor de determinado produto agrícola no futuro. Ou seja, é a negociação de um item que ainda não existe no mercado, por um preço predeterminado para liquidação em uma data futura estabelecida. Conforme a Um Investimentos, corretora de valores do Rio de Janeiro, a BM&FBovespa permite a negociação de contratos de café, milho, boi gordo, açúcar, etanol e soja.

São investimentos de alto risco, com Imposto de Renda de 20% sobre o lucro para day trade, sendo 1% retido na fonte. Incide 15% sobre o lucro para operação normal, sendo 1% retido na fonte. De acordo com a Um, a vantagem para quem se aventura nos derivativos é a diversificação, a possibilidade de alavancar os ganhos e a proteção contra o mercado (hedge), atraente em particular para produtores rurais.

Cada contrato possui as regras específicas, e é possível operar tanto comprado quanto vendido. Ainda conforme a Um, operar commodities pode ser mais fácil do que ações, uma vez que os preços são mais compreensíveis – ou seja, dependem de fatores bem claros mesmo a quem não é especialista em campo, como clima, safra e custos de transporte.

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