Para 2018, o Santander destacou que fundamentos sólidos serão um diferencial para empresas do Setor de Petróleo, Gás e Petroquímicos. Entre os destaques, o banco reforçou a indicação da Petrobras, Braskem e Ultrapar, mas se mostrou mais cauteloso em relação a PetroRio e a Queiroz Galvão.
Confira as recomendações do analista.
Petrobras (PETR3)
A recomendação de preço-alvo nos R$ 21,00 para a Petrobras é um reflexo do comprometimento da administração com a redução da alavancagem da empresa. A venda de ativos, como o IPO da BR Distribuidora (BRDT3) que aconteceu em dezembro, e a melhora progressiva na estrutura regulatória influenciam positivamente o papel. Por outro lado, tanto a política de preços da estatal quanto as eleições de 2018 apresentam um risco, podendo elevar a volatilidade do papel.
Outra questão a ser avaliada, segundo o banco, é a conclusão do acordo de Cessão Onerosa que a Petrobras tem com o governo. Firmado em 2010, a empresa comprou o direito de explorar até 5 bilhões de óleo equivalente (boe), no pré-sal da Bacia de Santos, por US$ 42 bilhões. Desde então, com a queda nos preços do petróleo, a petrolífera renegocia com o governo para receber de volta a diferença entre o que foi pago e o valor da produção. Ao mesmo tempo, o interesse federal é de leiloar em 2018 os 5 bilhões de boe excedentes da cessão onerosa.
Braskem (BRKM5)
A perspectiva operacional sólida e atrativa da Braskem justifica o preço-alvo de R$ 54,00. Além disso, a presença dominante no Brasil e o fortalecimento do posicionamento nos Estados Unidos, Europa e México contam como fatores positivos para a empresa.
O analista Gustavo Allevato também acredita que “o valuation continua atrativo e seu desconto para os pares internacionais é excessivo, especialmente considerando a importante redução nos riscos no ano passado”.
Ultrapar (UGPA3)
O Santander indica o preço-alvo de R$ 84,00 para a Ultrapar. “Embora a falta de um guidance quantitativo mais específico para 2018 aumente as incertezas em relação à capacidade da Ultrapar de apresentar nosso crescimento estimado do EBITDA na faixa de dois dígitos, a solidez de todos os seus segmentos, com um foco especial na distribuição de combustíveis e produtos químicos, deve impulsionar um sólido crescimento orgânico, em nossa opinião”, afirma o analista.
Queiroz Galvão (QGEP3)
Allevato recomenda cautela com os ativos da Queiroz Galvão, com base nos preços do petróleo e na falta de catalisadores adicionais em 2018. Segundo o banco, a distribuição de dividendos deve ser o ápice da ação nos próximos seis meses. O preço-alvo é de R$ 9,00.
PetroRio (PRIO3)
“Apesar de a Petro Rio ter mudado o escopo de suas operações nos últimos anos, de exploração de petróleo para ativos já em fase de produção, como os campos de Polvo (petróleo) e Manati (gás), mantemos nossa opinião de cautela sobre a ação, sobretudo devido a preocupações em relação à alocação de capital da empresa por meio do uso de seu caixa”, afirma o Santander. O preço-alvo é de R$ 65,40.