Janeiro de recordes, mas fevereiro sofre com Reforma da Previdência e reunião do Copom

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O Índice Bovespa fechou janeiro com um ganho de 11,14% com 76.402 pts, o melhor janeiro desde 2012. O tão esperado rali de fim de ano, veio um pouquinho atrasado, mas veio, tivemos um rali de inicio de ano. O Ibovespa apresentou 11 sessões de ganhos consecutivos, iniciando em 19 de dezembro do ano passado (72.680 pts) até 08 de janeiro deste ano (79.379 pts), o melhor dos últimos 10 anos, foi recorde atrás de recorde, apesar de ter atingido o top em 26/01 com 85.831 pts.

As principais razões para este ótimo desempenho foram:

  • A entrada de capital estrangeiro com um saldo positivo de R$ 9,5 bilhões, para se ter uma ideia deste montante, em 2017 inteiro a entrada foi de R$ 14,6 bilhões. Temos uma nítida impressão que os estrangeiros estão mais otimistas e acreditando no Brasil, mais do que os próprios investidores locais, os investidores locais tiraram R$ 5,2 bilhões e as pessoas físicas R$ 3,9 bilhões. Mesmo o rebaixamento da agencia de rating S&P, na nota de crédito da dívida brasileira, não foi suficiente para mudar o humor dos investidores estrangeiros, embora vale lembrar que a S&P elevou a perspectiva do rating brasileiro de negativa para estável. Eles só mexeram na nota de credito da divida e ressaltaram que houveram muitos avanços no Governo do Presidente Michel Temer, mas a grande preocupação, é na aprovação da reforma de previdência;
  • Se a expectativa da condenação de Lula em 2a instancia já estava causando euforia no inicio do ano, em 24/1 com a confirmação, levou o índice ao topo do Olimpo, até bater o recorde em 26/01. Esta condenação, o deixa mais distante das urnas e mais distante da esquerda voltar ao poder. Não podemos nos esquecer que ainda resta Ciro Gomes e Marina Silva, embora ainda é um pouco cedo para falar de eleições, ainda não sabemos quem serão os candidatos, vemos apenas uma intenção de alguns e movimentação de outros;
  • As bolsas americanas vem batendo recorde atrás de recorde, ajudando a impulsionar a nossa bolsa. A economia americana está pujante e a provação da nova reforma tributaria pelo Congresso, mérito do controverso Presidente americano Donald Trump, levaram o índice Dow Jones e o Nasdaq ao máximo da pontuação histórica.

O dólar também entrou na onda do otimismo, fechando a R$ 3,18, com uma desvalorização de 4%, em relação ao real, maior perda nos últimos 6 meses.

A entrada de capital estrangeiro e a condenação de Lula ajudaram o real se valorizar, assim como o Ibovespa.

O Copom deverá se reunir 8 vezes em 2018, começando o 1o encontro nos dias 6 e 7 de Fevereiro. Acreditamos que no dia 7/2 o BC cortará a Selic em mais0,25% e encerrando o ciclo de baixa em 6,75%. Se a reforma tivesse sido aprovada em Dezembro do ano passado, ou não existisse dúvida sobre a aprovação na volta dos trabalhos no Congresso em 5/2, acreditaríamos em mais um corte de 0,25% na reunião de 20 e 21 de março.

Sempre fomos otimistas com a aprovação da reforma da previdência, mas nunca subestimamos a dificuldade deste tema passar no Congresso, entretanto achamos que hoje ela respira por aparelhos, principalmente por ser ano eleitoral. Se este assunto for enterrado agora, o próximo Presidente terá que fazer esforços hercúleos para a aprovação e certamente será muito mais ampla que a atual, porem também exigira muitas negociações, muito dinheiro, muita boa vontade por parte do Congresso, mas a vantagem é que a próxima será no início de governo, onde este terá mais poder e mais legitimidade.

Acreditamos que os mercados continuarão subindo, principalmente no médio e longo prazo. Já no curto, não podemos nos esquecer da volatilidade em ano eleitoral e da grande alta que tivemos neste início de ano. Estamos revendo nossas projeções para o Ibovespa, uma vez que pelo último relatório fomos um pouco conservadores.

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