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Queda nas bolsas com renuncia de Cohn; Mercado de trabalho americano

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Mercados Globais

O cenário político americano está novamente sob o holofote dos mercados globais. Cinco dias depois de Donald Trump anunciar a imposição de tarifas sobre a importação de aço e alumínio, Gary Cohn — assessor econômico da Casa Branca — renuncia ao cargo. Este desentendimento entre o presidente (a favor de medidas protecionistas) e o conselheiro econômico (pró-mercado) sinaliza que de fato, a imposição de tarifas deve ocorrer, contrariando as expectativas dos mercados e jogando um balde de agua fria nos índices acionários do mundo inteiro.

Trump sempre insistiu que a alta das bolsas americanas é um indicativo de sua gestão de “sucesso”, no entanto, insiste em priorizar uma medida que tem causado quedas nas bolsas. Este é um dos indicativos de que a imposição de tarifas deve ser levada adiante, aumentando o risco de efeitos adversos na economia global por meio de retaliações. Como efeito disto, as bolsas globais caíram. Nos Estados Unidos, os S&P Futuro sinaliza uma abertura com 0,7% de queda enquanto o Dow Jones Futuro 1% de queda.

Na Europa, os índices também foram pressionados pela renúncia de Cohn, mas a última revisão do PIB de 2017 trouxe um alívio aos mercados da região. O PIB registrou uma alta de 2,3% na Zona do Euro e 2,4% na União Europeia, taxas de crescimento bastante sustentáveis. Veja o crescimento econômica da Europa, ao lado do crescimento econômico americano:

Ainda nos Estados Unidos, o relatório de empregos privados ADP apresentou uma alta de 235.000 novos empregos no mês de fevereiro, batendo as expectativas de 200.000 novos empregos. O mercado de trabalho segue para o pleno emprego, e o payroll deve confirmar isto na sexta-feira. O principal indicador da semana deve trazer mais dados ao mercado, que aguarda mais sinais de crescimento da renda ao passo que o mercado de trabalho se mostra cada vez mais aquecido. Veja a variação de empregos privados no período de um ano:

Ainda teremos a divulgação dos estoques de petróleo bruto e discurso de dirigentes do Fed.

Brasil

O mercado local abriu em queda, se alinhando ao pessimismo global. Os juros futuros registram uma alta, assim como o dólar que, naturalmente, deve sofrer uma valorização em relação às moedas emergentes com as medidas de tributação nos EUA. A Fundação Getúlio Vargas divulgou o índice geral de preços – disponibilidade interna (IGP-DI). O índice apresentou uma alta de 0,15% em fevereiro, inferior à alta de 0,58% de janeiro. O índice encerrou os 12 meses com queda de 0,19%. Já o núcleo o índice encerrou em 0,23%. Veja abaixo:

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