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BCE tira o dedo do gatilho

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O Comitê de Política Monetária do BCE (Banco Central Europeu) decidiu nesta quinta-feira manter inalterada sua estratégia de política monetária. A taxa de refinanciamento (principal taxa de juros do BCE) se manteve em zero, enquanto a taxa de depósitos continuou em -0,40%.

O quantitative easing (ou programa de compra de ativos), atualmente em 30 bilhões de euros por mês, tende a não sofrer alterações nas próximas reuniões de Comitê. A instituição afirmou ainda que poderá estender o programa além de setembro/2018.

Na reunião anterior, o BCE transmitiu uma mensagem mais otimista para o cenário macro. Alguns investidores consideravam que o BCE estava com o dedo no gatilho para reduzir novamente o volume do quantitative easing, já mirando num encerramento do programa no mês de setembro deste ano.

O BCE quebrou totalmente essa expectativa. A reunião encerrada nesta quinta-feira emitiu sinalização de cautela e prudência. Além de não haver mais expectativa para redução no volume de compras mensais, já se começa estimar no mercado extensão do quantitative easing para o próximo ano.

Dentre as considerações macro, o BCE verificou moderação na atividade econômica (que vinha num ritmo de forte recuperação) e manifestou sua preocupação diante de ameaças protecionistas cada vez mais fortes. O novo panorama do BCE está nitidamente mais pessimista. Na própria entrevista de Mario Draghi, presidente da autoridade monetária europeia, provavelmente ensaiada, pode-se notar um tom de maior preocupação.

Conciliando a inflação fraca na zona do euro (1,3% em março) e muito abaixo da meta (2%), com a perda de dinâmica do crescimento local e aumento da incerteza global, Draghi encontrou uma justificativa perfeita para o BCE tirar o dedo do gatilho no desarme do quantitative easing e, assim, manter sua política monetária excessivamente expansionista por mais algum tempo.

Além disso, a manutenção do quantitative easing deixa a zona do euro muito distante de uma elevação da taxa básica de juros, o que pode fazer contrapeso no sistema financeiro global ao processo de normalização da política monetária nos Estados Unidos. A nova sinalização do BCE criou ânimo nas praças financeiras mundiais, muitas delas abatidas nos últimos dias.

A bolsa de Frankfurt fechou aos 12.500 pontos nesta quinta-feira, sinalizando retomada frente a mínima dos 12.308 pontos registrados no dia anterior. Paris fechou na máxima do mês de abril, ao 5.453 pontos, já operando acima da média móvel simples de 200 períodos diária. Wall Street retomou fôlego com S&P500 e Dow Jones devolvendo boa parte das perdas ocorridas na terça-feira.

A bolsa da Índia subiu para os 34.713 pontos, máxima do mês de abril, retornando ao terreno positivo no acumulado do ano. Nikkei (Japão) subiu para 22.319 pontos, mantendo a trajetória de recuperação de preços iniciada no mês de abril. A bolsa da Coreia do Sul subiu forte nesta quinta-feira, confirmando suporte sobre a média móvel simples de 200 períodos diária.

Rússia, México e Turquia, praças que sofreram forte sell-off nos últimos dias, esboçaram recuperação nesta quinta-feira. México saiu dos 206 para os 208 pontos, no primeiro alívio desde o tombo iniciado semanas atrás aos 228 pontos. Rússia segue tentando recuperar (superar) a média móvel simples de 200 períodos diária após o sell-off ocorrido no início deste mês. África do Sul subiu, confirmando suporte sobre a média móvel simples de 200 períodos diária. Turquia ainda continua apanhando.

Na bolsa brasileira, umas das poucas no mundo que não sofreram neste ano, o pregão foi marcado por liquidação de posições vendidas em função do risco de uma destravada para cima da zona de congestão formada nos últimos meses.

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