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A preocupação com os rumos da política monetária nos Estados Unidos cresce, em meio aos sinais de aceleração da inflação no país, e segue permeando o mercado financeiro nesta terça-feira, em meio à escalada do título norte-americano de 10 anos (T-note) rumo à marca psicológica de 3%. O movimento nos negócios com bônus continua fortalecendo o dólar globalmente, diante da perspectiva de reversão dos estímulo adotados pelo Federal Reserve.

Nesta manhã, a moeda norte-americana era negociada no maior nível em três meses em relação às principais moedas rivais, ao passo que o juro projetado pela T-note oscilava em baixa pela primeira vez em mais de uma semana, em torno de 2,96%, influenciando o comportamento dos bônus soberanos europeus. O alívio observado nos negócios com títulos abre espaço para uma tentativa de alta nas bolsas, com os índices futuros em Wall Street embalando o pregão na Europa.

Na Ásia, destaque para os ganhos firmes nas bolsas de Hong Kong (+1,4%) e de Xangai (+2,0%), reagindo a notícias de que o governo de Pequim estaria disposto a amenizar a política de restrição ao crédito, favorecendo alguns setores da economia que estavam com dificuldades de acesso. Em Tóquio, a alta foi de 0,9%, diante do recuo do iene. Nas commodities, o petróleo volta à faixa de US$ 69, na máxima em três anos, e o cobre avança.

O movimento nos mercados internacionais sinaliza, por ora, apenas uma pausa dos investidores nas empreitada rumo à barreira de 3% do papel referencial norte-americano sobre o custo do empréstimo. Afinal, o processo de abertura das taxas de juros nos EUA e nos países desenvolvidos tende a ser seguido de uma tentativa de acomodação, o que, quando acontece, permite alguma nova alocação em ativos de risco – como a que se vê hoje.

É cedo, portanto, para dizer se há um esgotamento no avanço da T-note. Resta saber, então, qual é a velocidade e a magnitude da alta dos bônus norte-americanos e, principalmente, qual é o nível de acomodação desses papéis. Assim, uma vez rompida a marca de 3%, a dúvida é saber se a T-note irá encontrar um ponto de equilíbrio – ou se seguirá em frente.

Por ora, os investidores tentam se apoiar na perspectiva de crescimento econômico global, que segue forte, para tentar dirimir os impactos do avanço do custo do empréstimo (e dos preços) nos EUA. Contudo, os possíveis conflitos comerciais tendem a alterar a dinâmica da atividade no mundo, respingando na trajetória de expansão das principais economias.

Até então, dados econômicos mais fortes impulsionavam os mercados financeiros globais. Ao mesmo tempo, porém, mais crescimento significa, eventualmente, mais inflação e mais aperto monetário. Por isso, ainda é cedo para afirmar que se firmou qualquer nova tendência para os negócios, levando-se em conta também a delicada situação fiscal nos EUA, diante dos “déficit gêmeos” e das políticas adotadas pelo governo Trump.

O receio dos investidores é de que o avanço da T-note reduza a abundante liquidez de recursos pelo mundo, com o Fed endurecendo o ritmo de alta da taxa de juros nos EUA. Vale lembrar que, no início deste ano, o juro projetado pelo bônus do país de 10 anos oscilava abaixo de 2,5%, sendo que a última vez que que o nível de 3% foi testado foi em dezembro de 2013 – à época, o barril do petróleo cru (WTI) rondava os US$ 100!

Daí então que não foi em vão o tom de ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, à formação de preços do petróleo, que vem sendo afetada pelos cortes na produção pelo cartel dos países produtores (Opep), reduzindo artificialmente a oferta da commodity. A declaração do chefe da Casa Branca, feita na semana passada via Twitter, reflete duas preocupações.

A primeira é com o peso dos preços do petróleo (e seus derivados) na inflação dos EUA e, consequentemente, no processo de alta dos juros pelo Fed. A outra se refere à intenção de Trump de beneficiar os produtores de gás de xisto no país – que fazem parte da base eleitoral do republicano. Porém, para ser rentável, o preço do barril precisa ser mais alto.

Nesse cenário, os ativos emergentes são o principal alvo dessa pressão vinda dos títulos norte-americanos (Treasuries), impactados também pelo comportamento das commodities industriais. Em momentos de busca por proteção em ativos seguros, diminui o apetite por aplicações de maior rentabilidade – e maior risco. Tanto que ontem, o dólar subiu a R$ 3,45.

A moeda norte-americana fechou no maior nível do ano e desde dezembro de 2016 em relação ao real, sob influência maciça do cenário externo, com os investidores reduzindo as posições vendidas (apostas na queda) em dólar. Hoje, porém, o mercado de câmbio desse se afastar dessa marca, embora ainda pesem o risco político e as incertezas eleitorais no Brasil.

A agenda econômica do dia está fraca e traz, internamente, dados regionais sobre a inflação ao consumidor no dado parcial de abril, logo cedo. Também saem dados sobre a confiança do consumidor neste mês (8h). Na safra de balanços, destaque para o resultado do Santander no primeiro trimestre deste ano, após o fechamento do pregão local.

Por sua vez, a pesquisa Ibope restrita aos eleitores de São Paulo será divulgada somente à noite, por volta das 19h. Já no exterior, destaque para os números nos Estados Unidos sobre preços e vendas de imóveis residenciais, pela manhã, além do índice de confiança do consumidor norte-americano, medido pelo Conference Board (11h).

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