As moedas virtuais ou criptomoedas surgiram há uma década e, assim como os cartões de débito ou crédito, contribuiem para reduzir o uso do dinheiro em papel. O programa Diálogo Brasil desta segunda-feira (16) debate a segurança das transações feitas com as criptomoedas e outras questões sobre o tema.
Autor do livro A Finança Digitalizada: Capitalismo Financeiro e Revolução Informacional, o sociólogo e especialista em finanças e tecnologia Edemilson Paraná é um dos entrevistados do programa que vai ao ar às 22h15, na TV Brasil. Ele explica que as criptomoedas são mais um meio de pagamento do que dinheiro propriamente, com grande atrativo especulativo.
“É um ambiente de faroeste financeiro, onde as regras não estão claras, não estão definidas e muita coisa pode acontecer”, alerta o especialista. O autor recomenda ainda “muita cautela”, pela alta volatilidade da moeda virtual.
O analista e gerente do projeto estratégico de Blockchain do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marco Túlio da Silva Lima, diz haver 1.559 moedas virtuais disponíveis no mercado, a principal delas é o bitcoin, que usa a tecnologia blockchain. Essa moeda valorizou-se mais de 1000% ao longo de 2017, mas perdeu quase metade do valor no começo de 2018.
O sistema do bitcoin é independente de controle central, sem interferências de governos, pessoas ou corporações. Mas o analista do Serpro diz que “o governo está bem atento”, tanto por meio do Banco Central quanto da Receita Federal e da Comissão de Valores Mobiliários. “É um jogo de gato e rato”, comenta.
Este episódio do Diálogo Brasil conta ainda com a participação, por vídeo, da engenheira de controle e automação e cofundadora do portal Blockchain Brasil, Marcela Gonçalves, e do CEO da Datawiz – Big Data & Data Science, Paulo Fagundes, que é palestrante e instrutor de Blockchain Ethereum e Cryptocurrency.