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BC vende US$ 4,4 bi em swap, mas dólar sobe 2,3% e bate R$ 3,80; projeção de juro volta para 7,5% este ano

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O dólar disparou no fim da tarde e chegou a R$ 3,80 no mercado comercial, alta de 2,3% e uma das maiores cotações em 10 anos. O dólar turismo, do varejo, sobe 2%, para R$ 3,95, apesar de o Banco Central (BC) ter promovido dois leilões de 40 mil contratos de swap cambial cadae mais um de 8.800 contratos, um total de 88.800 contratos, no valor de US$ 4,4 bilhões. No mercado futuro de dólar, o contrato para julho projeta a moeda em R$ 3,815.

A alta do dólar contagiou os juros futuros, e os contratos para janeiro de 2019 voltaram a projetar 7,55% ao ano, mais de um ponto percentual acima do juro atual, de 6,5%. O Banco Central já disse que não vai subir os juros apenas por conta do dólar, mas mesmo assim o mercado aposta na alta da Selic ainda este ano para acalmar o câmbio. Hoje, o economista-chefe do banco Itaú Unibanco e ex-diretor do BC, Mário Mesquita, afirmou que o BC não deve mudar sua política por conta do dólar e deve manter o juro de acordo com a inflação. “O sistema de metas trouxe grandes avanços para o Brasil e mudar a política para segurar o dólar traria consequências muito negativas”, disse. Ele acredita que o dólar a R$ 3,71 não está muito longe dos fundamentos da economia brasileira.

No mercado de títulos públicos, os juros dos papéis corrigidos pela inflação, as NTN-B mais longas, caíram durante a manhã para 5,81%, mas voltaram a subir e atingiram 5,92% ao ano além do IPCA. Ontem, a taxa estava em 5,91%. As mais curtas saíram de 5,62% ontem para 5,68% ao ano.

As taxas voltaram nos maiores níveis desde a crise das denúncias de Joesley Batista contra o presidente Michel Temer, em maio do ano passado, quando a NTN-B 2035 atingiu 6,01% ao ano reais.

Papel pré paga 12% para 2025

Os papéis prefixados para 2021 dispararam e saltaram de 9,67% ontem para 10,25% ao ano. Para 2025, a taxa pré subiu de 11,60% para 12,08%. O Tesouro Direto suspendeu os negócios por três vezes hoje por conta da instabilidade das taxas, a primeira vez das 10h29 às 11h10, a segunda, das 13h17 às 14h05 e depois, das 14h26 às 15h30.

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