Ao decorrer desta semana, o mercado de criptomoedas permaneceu oscilando, mas acabou não resistindo às fortes quedas apresentadas nas últimas sessões.
Na madrugada da última sexta-feira (29), o Bitcoin (BTCUSD) marcou a sua menor cotação do ano ao apresentar US$ 5.835, além de acumular perda de 50% no primeiro trimestre do ano e quase 75% inferior a sua alta recorde, que ocorreu há seis meses.
Ao conceder uma entrevista ao El País nesta semana, o professor e diretor associado do Departamento de Engenharia Eletrônica e Ciências da Computação do Massachusetts Institute of Technology (MIT), revelou que “o bitcoin é uma receita para o desastre”. Questionado sobre a utilidade da criptomoeda, Micali explicou que, “para ser considerada útil, ela precisa ter pelo menos três propriedades básicas: escalabilidade, descentralização e segurança. Deve ser escalável para permitir milhares de transações por segundo. O Bitcoin pode produzir no máximo nove transações por segundo. E depois?”, contou o professor ao jornal.
Em contrapartida, dados do relatório da divisão de estratégia e consultoria da PwC e da Crypto Valley Association divulgados nesta semana, apontou que, apenas nos primeiros cinco meses de 2018, as negociações com moeda digital dispararam para US$ 13,7 bilhões. De acordo com a Reuters, startups de tecnologia que usam blockchain no mundo, ergueram fundos com base na venda de criptomoedas diretamente para investidores em ofertas iniciais de moeda (ICO), deixando de lado bancos e companhias de capital de risco como intermediários.
E, por fim, o Facebook voltou atrás nesta semana, e decidiu liberar novamente anúncios de criptomoedas na rede social. Na quinta (28), Rob Leathern, diretor de gerenciamento de produtos do Facebook, disse em um post que a rede social “estudou a melhor maneira de refinar sua política – para permitir alguns anúncios enquanto trabalha para garantir que eles sejam seguros”. No entanto, a Facebook anunciou a volta, mas com condições: “a empresa continuará a bloquear qualquer anúncio que promova opções binárias e ofertas iniciais de moedas”, lembrou.
A medida começou a ser praticada na última terça-feira.
Histórico
Na segunda-feira (25), o bitcoin registrou alta de 1,74%, cotado a US$ 6.245,81. No dia seguinte, a criptomoeda despencou 2,71%, cotado a US$ 6.076,32.
No meio da semana, ela voltou a ampliar 1,03%, negociado a US$ 6.138,61. Na quinta-feira (28), a moeda recuou 4,34%, cotada a US$ 5.872,00.
Ontem (29), ela teve alta de 5,72%, cotado a US$ 5.872,00.