Na semana passada, a Bovespa registrou três pregões de alta, mas ainda assim fechou o período com queda acumulada de 0,17%, em 70.640 pontos. Os investidores estrangeiros retiraram até o dia 20 de junho R$ 5,8 bilhões e, no ano, há saída liquida de R$ 9,8 bilhões, depois de ter ficado positivo em R$ 10 bilhões no final de fevereiro.
No exterior, o PBoC anunciou corte de 0,5% no depósito compulsório, indicando que vai seguir no programa de flexibilização monetária. O banco central dos bancos centrais (BIS) disse que, com bancos centrais em ritmo diferente em países desenvolvidos, as ações do FED não têm surtido efeitos. Fez ainda diagnóstico apontando que os países emergentes estão mais preparados para tensões financeiras.
No Reino Unido, lideranças políticas advertem para o risco de não haver acordo com a União Europeia sobre Brexit. O FMI diz que o momento é difícil de decisão da União Europeia e zona do euro, com a integração europeia posta em xeque com o Brexit e eleições na Itália. Na zona do euro, indica a conclusão da união bancária como importante e com uso de fundo de depósito.
Os mercados começaram a semana absorvendo esse clima negativo. Bolsas da Ásia encerraram o dia em queda, a Europa começou o início da manhã em queda e aprofundando tendência, e futuros do mercado americano trabalhando no campo negativo. No Brasil, há espaço para recuperações, mas o comportamento externo inibe um pouco.
Na sequência dos mercados no exterior, o petróleo WTI negociado em NY mostrava nova alta de 0,47%, com o barril cotado a US$ 68,90, isso depois de forte alta na sexta-feira. O euro era transacionado em alta para US$ 1,169 e notes americanos de dez anos com taxa de juros de 2,88%. O ouro estável e a prata em queda na Comex e commodities agrícolas com viés negativo na bolsa de Chicago.
No segmento local, o IPC-S da terceira quadrissemana de junho mostro alta para 1,17% (anterior em 1,0%) e a pesquisa Focus veio novamente com dados de conjuntura negativos. A inflação medida pelo IPCA subiu para 4,0% e o PIB declinou na perspectiva de 2018 para 1,55%, vindo de 1,76%. O dólar subiu para R$ 3,65, mas o déficit em conta corrente previsto caiu para US$ 20 bilhões.
No plano político, investidores respiram aliviados com a retirada de pauta do STF do pedido de relaxamento da prisão de Lula e os mercados podem reagir a isso. O Bacen anunciou leilão de linha de câmbio de US$ 3,0 bilhões e o Tesouro faz operações de compra e venda de títulos públicos. Os técnicos da Fazenda fazem reunião com assessores de candidatos para mostrar a situação fiscal complicada.
Na sequência os DIs começando o dia com leve queda dos juros e o dólar já oscilou bastante, mas mostrava queda de 0,24% e cotado a R$ 3,771. Na Bovespa, seria positivo que o mercado recuperasse patamar ao redor de 71.200 pontos.
Bom dia e bons negócios.