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Pré-Market: A guerra comercial começou

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Não restam mais dúvidas no mercado financeiro de que as duas maiores economias do mundo estão, de fato, em uma guerra comercial. E essa certeza aciona o modo “risk off” no exterior, embutindo perdas aceleradas nos ativos mais arriscados. Por aqui, o mercado doméstico até que gostaria de apenas cumprir tabela hoje, à espera da decisão de juros amanhã. Mas o aprofundamento da tensão entre Estados Unidos e China deve atingir os negócios locais.

O presidente norte-americano, Donald Trump, pediu para seu governo identificar outros US$ 200 bilhões em produtos importados chineses que podem ser penalizados com sobretaxa e ameaça elevar o montante se a China retaliar novamente, podendo chegar a US$ 400 bilhões. O pedido de Trump soma-se à lista de US$ 50 bilhões que ele já tem em mãos.

Por sua vez, Pequim mantém a postura de responder na mesma moeda e ameaça impor tarifas adicionais a outros produtos “made in USA”, caso o governo Trump prossiga com uma nova rodada de tarifação de produtos. O governo chinês alertou que a pressão norte-americana pode prejudicar toda uma cadeia de produção, afetando o comércio global.

No mercado financeiro, a escalada comercial gera incerteza e leva os investidores a saírem do risco, buscando proteção em ativos seguros. O ouro sobe junto com o iene e o juro projetado pelo título dos EUA de 10 anos (T-note) cai abaixo de 2,9%. Nas bolsas, os índices futuros de Nova York têm perdas de mais de 1%, após uma sessão de queda acentuada na Ásia.

A Bolsa de Xangai caiu quase 4%, fechando abaixo dos 3 mil pontos e no menor nível desde agosto de 2016. Em Hong Kong, o recuo foi perto de 3%. As principais bolsas europeias também abriram no vermelho, com destaque para o recuo da libra esterlina, que é cotada abaixo de US$ 1,32 pela primeira vez desde novembro.

As investidas protecionistas dos EUA abalam as commodities e moedas correlacionadas, que caem em bloco, com a lira turca renovando a mínima histórica. Esse movimento lá fora deve levar a Bolsa brasileira a novos fundos, um dia após o Ibovespa perder a faixa dos 70 mil pontos, e tende a elevar a pressão no dólar, que pode reaver o patamar de R$ 3,75.

Além do cenário externo hostil, a delicada situação fiscal e as incertezas eleitorais no Brasil, agravam o quadro negativo para os mercados domésticos, desafiando o Banco Central local. O Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se a partir de hoje para decidir sobre a taxa básica de juros e os investidores até apostam em uma alta da Selic. Mas a expectativa é de manutenção do juro básico em 6,50%, diante do cenário de inflação ainda comportado apesar da recente valorização do dólar.

Com isso, o foco dos negócios locais deve ficar no comunicado que acompanhará a decisão, em busca de pistas sobre a avaliação do Banco Central em relação à situação atual. E a autoridade monetária terá de resgatar a parcimônia para convencer o mercado de que o regime é de metas de inflação – e não de câmbio, que é flutuante.

Ainda assim, o fortalecimento global da moeda norte-americana, diante da perspectiva de aumento mais rápido da taxa de juros nos Estados Unidos, tende a piorar as expectativas para o comportamento dos preços ao consumidor brasileiro. Tal perspectiva, somada aos temores fiscal e eleitoral, mantém o BC pressionado por um aperto monetário ainda neste ano.

Por ora, as apostas na curva implícita de juros futuros são de que o Copom inicie o ciclo de alta da Selic em outubro, dias após uma eventual definição do pleito presidencial em segundo turno. Portanto, como nas eleições de 2010 e 2014, um aumento da taxa de juros pode ocorrer logo após o voto nas urnas.

Para o encontro deste mês, o investidor não descarta totalmente a possibilidade de uma alta residual, de 0,25 ponto. Tal estratégia, ao que tudo indica, é apenas uma proteção contra surpresas desagradáveis, após o contrapé do BC em maio, quando interrompeu o ciclo de cortes na Selic, contrariando a aposta majoritária de queda adicional.

Por isso, também será importante o comunicado do Copom trazer informações sobre como o BC pretende atuar nas próximas reuniões ao longo do segundo semestre. Até o fim do ano, a autoridade monetária reúne-se mais quatro vezes, com dois encontros antes das eleições e um depois, em dezembro.

Na agenda econômica do dia, saem (8h) dados regionais sobre os preços ao consumidor (IPC-S) em meados deste mês e a segunda prévia de junho do IGP-M. No exterior, o calendário está igualmente fraco, trazendo apenas números do setor imobiliário nos Estados Unidos (9h30).

Comentários

  1. ANTONIO BARBOSA diz:

    O BRASIL ESTÁ AFUNDANDO, JUNTAMENTE COM ESTE GOVERNO HORRÍVEL.

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