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Pré Market
O cenário externo pode continuar dando a contribuição para mais um dia de menor pressão sobre os ativos brasileiros, após o acordo comercial entre Estados Unidos e México alimentar esperanças de uma solução com a China, mantendo o apetite por risco lá fora. Mas a incerteza no cenário eleitoral tende a continuar trazendo volatilidade ao mercado financeiro local.
Sem a previsão de divulgação de pesquisa sobre a corrida presidencial, por ora, o foco se volta para a entrevista de Jair Bolsonaro no Jornal Nacional, à noite. Além disso, os investidores também devem ficar atentos aos próximos julgamentos na Suprema Corte (STF). Hoje, a Primeira Turma deve decidir se o candidato do PSL pode virar réu mais uma vez, sob acusação de racismo.
Já na semana que vem, o Supremo deve voltar a discutir a liberdade do ex-presidente Lula. O relator da Lava Jato na Corte, o juiz Edson Fachin, liberou para o plenário o julgamento do recurso ao habeas corpus negado em abril, antes de o líder petista ser preso. A previsão é de que o tema entre em pauta até o dia 13 de setembro.
Esse noticiário político-jurídico deve redobrar a cautela nos negócios por aqui, reduzindo o ímpeto do mercado doméstico de seguir o ambiente externo. Por lá, os investidores seguem animados com o anúncio feito ontem por Donald Trump, de que EUA e México revisaram partes importantes do Nafta e chegaram a um “grande” acordo comercial.
Porém, o chefe da Casa Branca disse que não é o momento certo para retomar as negociações comerciais com a China, reduzindo as expectativas quanto ao fim de um impasse com Pequim. Com isso, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram na linha d’água, um dia após o Dow Jones encerrar um longo período de correção, que durou seis meses.
Já as principais bolsas europeias estão em alta, pegando carona com os ganhos da véspera em Wall Street, o que também embalou o pregão na Ásia – exceto em Xangai, que fechou em leve baixa. O yuan chinês (renminbi) voltou a fechar mais forte em relação ao dólar, após o Banco Central local (PBoC) fixar a maior taxa diária de referência em 14 meses.
Por Olívia Bulla
Destaques corporativos
Natura (NATU3): O conselho de administração da Natura aprovou a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures em sua nona emissão. Com os recursos obtidos com a emissão, a companhia pretende refinanciar suas dívidas. Segundo uma ata publicada pela empresa, a emissão será realizada em três séries, com data de 21 de setembro e vencimentos entre dois e quatro anos.
Petrobras (PETR4): A Pré-Sal Petróleo (PPSA) habilitou nesta segunda-feira, 27, a participação da Shell Brasil, Total E&P Brasil, Repsol Sinopec e Petrobras no segundo leilão de petróleo da União, previsto para 31 de agosto, na bolsa B3. Durante o leilão, serão ofertados contratos de compra e venda de petróleo na União oriundos da Área de Desenvolvimento de Metro e dos campos de Lula e Sapinhoá.
Gerdau (GGBR4): Ao anunciar mais uma venda de ativo nesta segunda-feira, 27, a Gerdau vai superar a marca de R$ 6,5 bilhões em negócios dos quais se desfez nos últimos quatro anos, em um programa para se concentrar nas operações mais rentáveis. A decisão de otimizar a carteira de ativos pode reduzir sua dívida em mais de R$ 10 bilhões.
Marfrig (MRFG3): Em comunicado, a Marfrig anunciou nesta terça-feira, 28, que o seu conselho de administração aprovou um aditivo ao acordo de acionistas, que estabelece uma política financeira para redução do nível de alavancagem da companhia. No aditivo aprovado pela companhia, a remuneração de acionistas e a aquisição de participações acionárias podem sofrer com restrições em caso de descumprimento.
Eletrobras (BOV:ELET6): O leilão de privatização das distribuidoras da Eletrobras em Rondônia, Roraima e Acre está mantido para quinta-feira, 30 de agosto. Nesta segunda-feira, na B3, o BNDES recebeu as propostas dos interessados pelas distribuidoras. O horário para entrega das garantias foi entre 12h e 15h.
Petrobras (BOV:PETR4): A Petrobras elevou o preço da gasolina comercializada nas refinarias em 1,4%. Com isso, o preço da gasolina A passará de R$ 2,0544 para R$ 2,0829 nesta terça-feira, 28.
Recomendação de ativos
Engie Brasil (EGIE3): A equipe de análise da Safra Corretora iniciou a cobertura da Engie Brasil com recomendação outperform.
Fibria (FIBR3): A Planner Corretora elevou o preço-alvo da Fibria para R$ 88. A recomendação de compra foi mantida.
Movida (MOVI3): Os analistas da Safra Corretora optaram por reduzir o preço-alvo da Movida de R$ 12 para R$ 9, com recomendação outperform.
CSN (CSNA3): Mesmo com a CSN mostrando um momento bom, a equipe do BB Investimentos reiterou a recomendação neutra e o preço-alvo de R$ 10.
BB Seguridade (BBSE3): A equipe do Credit Suisse reiterou a recomendação outperform e preço-alvo de R$ 30 para o papel da BB Seguridade.
Notícias
Confiança da indústria: Após apresentar estabilidade durante o mês de julho, a confiança da indústria brasileira voltou a cair em agosto e foi ao nível mais baixo desde janeiro. Com queda de 0,4 ponto, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) foi a 99,7 pontos neste mês.
Minério de Ferro: Os contratos futuros do minério de ferro, negociados na bolsa de Dalian, na China, encerraram a jornada desta terça-feira com nova desvalorização de 0,62% a 482,00 iuanes por tonelada do produto.