A Petrobras (BOV:PETR4) fechou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 10,072 bilhões, bem acima dos R$ 316 milhões do mesmo período do ano passado e 45% maior que o ganho do primeiro trimestre, de R$ 6,961 bilhões. O lucro ficou bem acima do esperado pela média dos analistas, que trabalhava com R$ 7 bilhões. Com esse resultado, a empresa decidiu distribuir mais R$ 652 milhões de juros sobre capital próprio (JCP), que, com os do primeiro trimestre, somarão R$ 1,304 bilhão no primeiro semestre. Cada ação receberá agora mais R$ 0,05, ordinária ou preferencial, além do já previsto pelo primeiro trimestre.
Com isso, a estatal acumula lucro de R$ 17,033 bilhões no primeiro semestre, 257% mais que os R$ 4,765 bilhões dos primeiros seis meses do ano passado.
A receita de vendas atingiu R$ 84,4 bilhões no trimestre, 26% acima do valor do mesmo período do ano passado. O lucro operacional foi de R$ 16,666 bilhões, 11% superior ao do segundo trimestre de 2017. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda, indicador de geração de caixa da empresa) foi de R$ 30,067 bilhões, 58% maior que no mesmo trimestre do ano passado, mas perto do esperado pelos analistas, R$ 30,1 bilhões.
A margem Ebitda, relação da geração de caixa com as receitas, ficou em 36%, para 29% de 2017. O endividamento da empresa também caiu, de 3,67 vezes o Ebitda em dezembro para 3,23 vezes em junho.
Segundo a empresa, o resultado do trimestre veio do aumento dos preços do petróleo tipo Brent em Londres, o que aumentou as margens nas exportações de petróleo e nas vendas de derivados no Brasil, juntamente com a alta do dólar. Houve também redução das despesas com juros da dívida por conta da redução do endividamento. A empresa também reduziu despesas gerais e administrativas e com a ociosidade de equipamentos. Já a maior cotação do petróleo elevou os gastos com participações governamentais.
A Petrobras cita a entrada de US$ 4,9 bilhões obtidos na venda de ativos no caixa, que foram usados para reduzir a dívida, e que permitiu uma redução expressiva do endividamento bruto, de 16%, para US$ 91,7 bilhões, e de 13% no endividamento líquido, que atingiu US$ 73,662 bilhões.
O fluxo livre de caixa foi positivo pelo 13º trimestre consecutivo, atingindo R$ 29,366 bilhões no primeiro semestre, 29% acima do mesmo período do ano passado, principalmente pela maior geração de caixa operacional e redução dos investimentos feitos pela estatal no período.