Na última terça-feira (18), a Cielo apresentou uma maquininha inédita no mercado, a Lio +. Trata-se de um dispositivo 2 em 1: um smartphone com processador quadcore e memória de 16GB, que ao ser acoplado a um “imã”, se transforma em uma maquininha de cartão.
Além disso, o celular também é completo e tem uma câmera traseira de 12MP, suporte dual chip, sinal de geolocalização e todos os aplicativos disponíveis na Google Play Store, podem ser baixados nele — incluindo WhatsApp e redes sociais. O empreendedor também contará com 100 aplicativos de gestão de negócios disponíveis na Cielo Store.
A maquininha aceita três formas de pagamento: débito, crédito e vale-refeição e mais de 60 bandeiras diferentes.
A Cielo também lançou o QR Code Pay, uma solução digital que permite que o comprador autentique o pagamento das suas compras ao utilizar a tecnologia do QR Code.
A visão dos analistas com relação aos lançamentos é, no geral, positiva. André Martins, da XP Investimentos, acredita que a nova maquilha traz uma proposta inovadora e oferece um outro tipo de valor ao lojista, além de mostrar agilidade da Cielo na frente da inovação. A Brasil Plural diz que a empresa “matou dois pássaros com uma só pedra” ao apresentar a LIO+, destacando que o custo para distribuir um aparelho como este será consideravelmente menor que ter que construir novos terminais fiscais do zero.
Mas o mercado financeiro não viu os lançamentos com a mesma positividade e a Cielo (BOV:CIEL3) foi uma das poucas ações que caíram no Ibovespa na terça-feira, encerrando o dia com desvalorização de 2,33%. O índice teve valorização de 1,99% na data.
Para André, a queda pode estar relacionada a uma “decepção” do mercado, que estava com altas expectativas sobre o evento e anúncios da empresa. “Por mais que sejam lançamentos positivos, eles não mudam tanto a situação da Cielo a princípio. De início, isso não surte grande efeito nas ações da empresa”, explicou. Vale lembrar que o Mercado Livre também lançou uma solução de pagamento com QR Code, e tanto esta quando a novidade trazida pela LIO+ ainda não tem eficácia comprovada.
Em relatório, a equipe de análise do Bradesco BBI compartilha a mesma visão. “À primeira vista, parece ser positivo que a Cielo continua investindo em novas iniciativas no mercado, ainda que seja difícil prever a relevância de tais iniciativas neste estágio. Enquanto enxergamos como positivo que Cielo esteva explorado novos canais de venda (empresas de telecomunicação), a adoção e demanda desse produto será a chave da questão” escreveu.
A XP Investimentos reiterou a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 19 por ação.
Com Infomoney