O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,7 ponto em setembro, ao passar de 83,8 pontos para 82,1 pontos. Com o resultado, o índice retorna ao nível de junho passado, quando a confiança havia sido abalada pela greve dos caminhoneiros do mês anterior, diz a FGV. A confiança é um componente importante para a retomada da economia, pois influencia a disposição dos consumidores em gastar e dos empresários em investir.
Cenário eleitoral não mexe com expectativas ainda
O resultado parece estar diretamente relacionado à situação financeira das famílias e à lenta recuperação do mercado de trabalho, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor. Mas, apesar de adicionar dúvidas, o cenário político-eleitoral não parece ser o principal fator para a queda do indicador em setembro. Na análise por faixas de renda, nota-se uma queda forte da confiança de consumidores de menor poder aquisitivo e uma alta moderada da confiança dos consumidores de maior poder aquisitivo, afirma Viviane.
A queda da confiança em setembro foi influenciada pelos consumidores de menor poder aquisitivo. O ICC dos consumidores com renda familiar mensal até R$ 2.100,00 caiu 3,9 pontos, influenciado pela deterioração das perspectivas futuras. Os consumidores com renda familiar entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, também tiveram perda de confiança no período, e o índice recuou 1,8 ponto, após três altas consecutivas, influenciado pela piora das avaliações sobre a situação atual.
A edição de Setembro de 2018 coletou informações de 1925 domicílios entre os dias 01 e 19 de Setembro. A próxima divulgação da Sondagem do Consumidor ocorrerá em 24 de outubro de 2018.