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Pré Market: Compre, Compre, Compre!

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Não é bem um feriado, mas a Black Friday nos Estados Unidos tende a manter liquidez no mercado financeiro ainda baixa. As bolsas de Nova York voltam a funcionar hoje, mas fecham mais cedo, às 16h, ainda devido às comemorações do feriado de Ação de Graças, adiando para segunda-feira um retorno com vigor dos investidores aos negócios, após praticamente duas semanas de giro mais baixo por causa de uma sequência de feriados no EUA e no Brasil.

A data comemorada hoje marca o início da temporada de compras de fim de anos nos EUA e será importante para mensurar a disposição dos consumidores norte-americanos em gastar, uma vez que a pressão vinda dos salários cada vez mais elevados ainda não impacta os preços no varejo, em meio aos gastos mais fracos com consumo. O Federal Reserve segue atento ao sinais de acúmulo de pressão inflacionária para calibrar o ritmo de alta da taxa de juros norte-americana, o que interfere no apetite dos investidores por ativos de risco.

No Brasil, a Black Friday também vem ganhando adeptos a cada ano, com os brasileiros aproveitando os descontos nas lojas e pela internet para antecipar as compras de Natal. A desconfiança com preços “maquiados”, que levou os consumidores a apelidarem o evento de “Black Fraude” nas edições anteriores, ainda existe, mas os varejistas estão otimistas com um crescimento no faturamento, em meio aos esforços do setor para dar credibilidade ao evento.

Já no mercado financeiro, o dia não deve ser de compra. Os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma abertura em queda, após uma sessão negativa na Ásia, onde Xangai (-0,2%) e Hong Kong (-0,6%) caíram, em mais um dia de liquidez reduzida na região, por causa também de feriados no Japão e na Índia. Os receios em relação à guerra comercial e o impacto no crescimento econômico global prevalecem nos negócios.

Os investidores mantêm a expectativa pelo encontro dos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, no G-20, na semana que vem, mas sabem que o melhor acordo entre as duas maiores economias, por ora, deve ser de que irão continuar conversando sobre a questão comercial. O assunto já ultrapassou o ponto de uma resolução rápida e a ausência do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e do assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, ao encontro na Argentina já dá sinais de que deve haver poucos avanços.

Com isso, o yuan chinês (renminbi) perdeu terreno em relação ao dólar, em meio às especulações de que a economia chinesa precisará de estímulos adicionais em 2019 para não perder tração. Na Europa, as incertezas envolvendo o acordo entre Reino Unido e União Europeia (UE) sobre o Brexit e entre a Itália e a UE sobre a questão fiscal mantêm pressionadas as bolsas e moedas da região. O petróleo, por sua vez, é cotado abaixo de US$ 54 o barril.

No Brasil, as atenções se voltam para a agenda de indicadores econômicos, que traz entre os destaques a prévia da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA-15) em novembro. A previsão é de desaceleração a 0,25%, no menor resultado para o mês em mais de 10 anos, com a taxa acumulada em 12 meses voltando a 4,45%.

Os números efetivos serão conhecidos às 9h e, se confirmados, devem reforçar as apostas de “juros baixos por um período prolongado”, adiando as chances de aumento da Selic logo nos primeiros meses de 2019. Tudo vai depender da habilidade do novo governo em aprovar as reformas, de modo a garantir o crescimento mais sustentável da economia.

Afinal, não é de hoje que o Banco Central vem afirmando a necessidade de continuar com o processo de reformas estruturais e do ajuste fiscal para manter a taxa de juros (básica e estrutural) em níveis baixos. O problema é que o mercado financeiro já começa a suscitar preocupações quanto à governabilidade do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Os investidores – estrangeiros, principalmente – já pedem por mais transparência, com o “time dos sonhos” da equipe econômica mostrando as propostas para cortar gastos e reduzir o rombo das contas públicas. Por ora, é crescente a percepção de que há muito ruído sobre as medidas a serem adotadas: “muito vai e volta, fala e cancela”.

Com isso, o apetite pelo risco brasileiro perde atratividade, com os investidores adotando uma postura mais defensiva e apostando na morosidade de um Congresso parcialmente renovado para votação da agenda liberal-reformista dos Chicago boys. Até mesmo a reforma da Previdência deve demorar a ser apreciada e pode ser bem mais branda, diluindo seus efeitos.

Antes de deputados e senadores se debruçarem sobre as novas regras para a aposentadoria, a principal discussão será a presidência da Câmara e do Senado, que deve ocorrer em fevereiro. Os bastidores da disputa, de modo a evitar a ascensão de Renan Calheiros e a reeleição de Rodrigo Maia, são fundamentais para medir a articulação do governo no Legislativo.

Ainda no calendário doméstico, saem índices de confiança da indústria (8h) e do consumidor (11h) neste mês. Já no exterior, saem dados preliminares de novembro sobre a atividade nos setores industrial e de serviços na zona do euro, logo cedo, e nos EUA, no início da tarde.

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