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Ibovespa chega aos 91 mil pontos com acordo EUA-China e dólar cai; recorde real ainda está longe

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O mercado de ações está em alta hoje, acompanhando a melhora das expectativas para a economia mundial após o acordo entre Estados Unidos e China para evitar uma guerra comercial no fim de semana. O Índice Bovespa abriu com ganhos e chegou aos 91.242 pontos, novo recorde de pontos durante o dia, perdendo um pouco de fôlego. Às 13 horas, o índice estava em alta de 1,12%, aos 90.500 pontos, mas a tendência é que principal indicador feche no maior nível nominal da história.

Ibovespa em 134.000?

Analistas observam, porém, que esse recorde não reflete uma recuperação real do mercado. Considerando a variação do dólar, o Índice Bovespa teve seu recorde em 31 de março de 2011, quando atingiu 42.150 pontos. Antes, em 2008, o índice chegou a 40.000 pontos em dólar.

No pior momento, em 2015, o Ibovespa em dólar chegou a 10.960, uma queda de 74% em relação ao pico. Hoje, por esse mesmo critério, o índice está em 23.730 pontos, ou seja, ainda 44 pontos percentuais abaixo do pico. “O mundo mudou muito de 2011 para cá, mas mesmo assim o Ibovespa está muito longe dos níveis reais”, diz um operador de uma corretora, que pediu para não ter seu nome citado. “O mercado teria de ir para uns 35.000 em dólar, o que equivaleria a 134.000 pontos, ou cerca de 49% de alta dos 90 mil pontos atuais”, estima esse operador.

No exterior, a animação começou na Ásia e se espalhou para os mercados de commodities e pelas bolsas na Europa. O índice Nikkei, no Japão, subiu 1% e o da Bolsa de Xangai, na China, 2,57%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 600 sobe 1,16%, com o DAX, da Alemanha, ganhando 1,95%, o CAC, de Paris, 1,10%, apesar da greve e dos protestos pelos aumentos dos combustíveis, e o Financial Times, de Londres, 1,40%.

Em Nova York, o Índice Dow Jones sobe 1,26% e o Standard & Poor’s 500, 1,12%. O Nasdaq ganha 1,58%.

Já o petróleo sobe 3,55% em Nova York, com o tipo WTI sendo negociado a US$ 52,76 o barril, o que ajuda a puxar as ações da Europa e dos mercados emergentes.

Já o dólar comercial está em baixa de 0,6%, vendido a R$ 3,83. O dólar turismo, do varejo, cai 2%, para R$ 3,99 para venda.

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