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A Bovespa conseguiu interromper sequência de cinco pregões de queda e valorizou 1,76%, com índice em 95.306 pontos no último fechamento (de 26 de março). Muito em função de forte alta de Petrobras. O mercado americano também ajudou com altas do Dow Jones de 0,55% e Nasdaq com +0,71%.

Hoje o dia está começando bem tumultuado, com bolsas asiáticas encerrando com comportamento misto, mas viés de queda, mercado da Europa oscilando entre positivo e negativo, mas mostrando que pode melhorar. Mercado americano já passando para o positivo.

A Bovespa tem alguns motivos para começar em queda, mas o importante seria não perder o patamar de 93.000 pontos, quando poderia acelerar quedas.

A Câmara aprovou em duas votações seguidas (suspendendo prazo regimental de votação) e aprovou orçamento impositivo por enorme maioria dos votos, inclusive do PSL e engessou ainda mais o governo. A estimativa é que 97% do orçamento está comprometido com endereçamentos e vai na direção contrária do que o governo desejava.

A leitura é que a Câmara mandou duro recado e a PEC deve ser aprovada no Senado. O detalhe é que era uma das pautas bombas de Eduardo Cunha em 2015. Em função disso, o dólar começou estressado em forte alta, juros na mesma direção e a Bovespa com comportamento de queda de seu índice futuro.

No exterior, os temores ocorrem por conta do Brexit com votações importantes entre hoje e amanhã. A primeira ministra Theresa May tenta obter maioria para aprovar no parlamento britânico acordo fechado com a União Europeia, mas ela já não comanda mais as ações.

Com isso, a situação está totalmente aberta podendo até ocorrer a revogação do artigo 50 e acabaria com o Brexit, ou ainda um novo plebiscito, depois de abaixo assinado contra mais de seis milhões de assinaturas. Mercados da Europa agora lutam para permanecer no campo positivo, os índices do mercado americano já operando com valorizações e a Bovespa tentando reduzir quadro negativo (difícil).

No cenário local, ainda teremos toda repercussão do noticiário político e uma extensão de agenda de dados de conjuntura com capacidade de mexer com os mercados. A FGV anunciou que a confiança do consumidor de março caiu 5,1 pontos para 91,0 pontos e a confiança da construção caiu 2,5 pontos, a maior queda desde junho de 2018.

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