Na manhã desta quinta-feira (21), a Polícia Federal prendeu o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro de minas e energia, Moreira Franco. Segundo o jornal O Globo, o mandado de prisão emitido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, foi feito com base em uma delação premiada que detalha o esquema de corrupção no Congreso, chefiado por lideranças do seu partido, o MDB.
Temer assumiu a presidência após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Os Agentes da PF ainda buscam o ex-ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que, assim como Moreira Franco, fez parte do gabinete de Temer entre 2016 e 2018.
A delação que envolve Temer e os outros políticos, feita pelo doleiro Lúcio Funaro, foi homologada no dia 5 de setembro de 2017.
As prisões do ex-presidente e dos ex-ministros acontecem num momento delicado para o governo do atual presidente Jair Bolsonaro: a confusão deve tirar o foco dos parlamentares da reforma da Previdência. Com alguns sobreviventes do governo Temer ainda atuando dentro do Congresso, é possível que uma onda de acusações, delações e prisões siga à operação de hoje, principalmente dentro do MDB – partido que havia se mostrado favorável à reforma e ao governo até o momento.