A Usiminas (BOV:USIM5) teve lucro líquido de R$ 76 milhões no primeiro trimestre, queda de 51,6% ante o mesmo período do ano anterior. Na comparação com o 4º trimestre, quando os ganhos somaram R$ 401 milhões, a queda foi de 81%.
Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (18), a Usiminas teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 474 milhões no período, redução de 23,8% na comparação anual, destaca a agência Reuters.
A receita líquida do primeiro trimestre, entretanto, cresceu 8,8% na comparação anual, para R$ 3,5 bilhões, superando também o faturamento de R$ 3,4 bilhões do quarto trimestre. O avanço foi registrado principalmente em função dos maiores preços e volumes de venda de minério de ferro, enquanto as vendas de aço recuaram em ambas comparações.
Separadamente, empresa informou que investirá R$ 1 bilhão em 2019 e que terá despesas financeiras líquidas de R$ 421 milhões neste ano.
Recomendação
Banco Safra: O banco Safra manteve a recomendação neutra para a Usiminas. Segundo a equipe de análise, a empresa fechou o primeiro trimestre de 2019 com resultado negativo e margens pressionadas.
Bradesco BBI: Para a equipe do Bradesco BBI, a recomendação do papel é neutra, com preço alvo em R$11,00 (Upside de 20,8%). De acordo com o analistas do banco, a Usiminas apresentará um trimestre fraco, com 4 destaques no resultado: Demanda mais fraca do que o previsto com volume estável no mercado doméstico; Preço médio estável comparado com o último trimestre de 2018; Recuo no custo caixa e alta no preço do minério de ferro
A demanda por aços planos no Brasil deve perder brilho perante os produtos longos, levando analistas do Bradesco BBI a colocar as ações da Gerdau como seu papel preferido no setor de siderurgia.
Credit Suisse: A equipe do Credit Suisse optou por reiterar a recomendação outperform e reduzir o preço-alvo, passando de R$12,50 para R$12,00 (Upside de 28%).
Reação do mercado
As ações da Usiminas estão estáveis em 2019, com ligeira queda de 0,89%, mesmo com a alta do minério de ferro em 2019. Só no mês de abril, as ações devolveram os ganhos do início do ano e estão caindo 10,64%. No pregão desta quinta, a ação opera com 2,61% a R$ 9,04.