A Kik, companhia canadense por trás do aplicativo descentralizado de mensagens de mesmo nome, anunciou uma campanha de financiamento coletivo. A ideia da campanha é criar suporte financeiro para uma batalha judicial contra a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
O processo judicial está ligado à Initial Coin Offering (ICO) que a companhia tentou realizar durante 2017. As informações são do Coindesk.
A campanha foi anunciada pelo CEO da Kik, Ted Livingston, e por Patrick Gibbs, que é um parceiro da firma de advocacia Cooley LLP, no podcast UnChained. A ideia do financiamento e do processo como um todo é que resulte em um novo teste de Howey para tokens criptografados para determinar quais são considerados security.
Um site dedicado ao projeto, chamado Defend Crypto, já está online e está aceitando doações em diferentes criptomoedas.
Segundo as informações do site, o financiamento não é apenas para dar suporte ao Kik, mas também para muitas outras empresas de criptomoedas que podem ter que enfrentar a SEC judicialmente.
O site Defend Crypto conta com doações em 19 opções, entre elas estão algumas das principais moedas do criptomercado, como o Bitcoin, Ethereum e XRP ou moedas mais desconhecidas como o Augur, DAI e a KIN, moeda nativa da rede Kik.
A Kik continua defendo a posição de que sua criptomoeda é usada como uma moeda, porém, a SEC acredita que a cripto deve ser tratada como uma security. A SEC pode até estar considerando ação coercitiva contra a firma.
O presidente da SEC, Jay Clayton já disse que acredita que todas as ICOs que ele viu eram uma security e que elas deveriam ser todas regulamentadas como as ofertas de securities são.
No novo site, a Kik diz:
“Depois de meses tentando encontrar uma solução razoável, a Kin foi incapaz de chegar a uma conclusão que não fosse impactar severamente o projeto Kin e todos no ecossistema. Então a Kin vai levar a SEC para a corte para garantir que tenhamos uma base de inovação sendo construída.”
Por Soraia Barbosa