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IBC-Br: Prévia do PIB teve nova retração mensal em Março de 2019

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Depois de retrair 0,98% em fevereiro (dado revisado), a economia brasileira registrou nova queda em março deste ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,28% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal.

O índice de atividade econômica calculado pelo Banco Central (BC) passou de 137,07 pontos para 136,68 pontos na série dessazonalizada no período. Este é o menor patamar para o IBC-Br com ajuste desde maio do ano passado (133,21 pontos).

Ainda de acordo com o índice dessacionalizado, a comparação entre os meses de março de 2019 e março de 2018, houve avanço de 0,01%. Por outro lado, na série sem ajustes sazonais, a economia brasileira retraiu 2,52% na comparação anual.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira, 14, o BC já havia afirmado que os “indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o PIB tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior”.

A previsão atual do BC para a atividade doméstica em 2019 é de avanço de 2,0%, mas é muito provável que essa estimativa seja revisada para baixo no próximo Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em junho. A expectativa do mercado para o PIB deste ano recuou pelo 11ª semana consecutiva e passou de 1,49% para 1,45%, conforme o Relatório de Mercado Focus publicado na última Segunda-feira (13). Há quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 1,95%.

Clique aqui e confira mais detalhes sobre o IBC-Br de Março de 2019.

Entenda o IBC-Br

O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.

O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

Juros

O indicador é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, a taxa Selic está em 6,50% ao ano e a estimativa do mercado é que se mantenha nesse patamar até o fim do ano.

Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.

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