A Vale (BOV:VALE3) informou que a operação da Mina de Brucutu foi novamente interditada pela Justiça de Minas Gerais.
Em comunicado, a mineradora afirma que foi intimada a respeito de uma decisão monocrática proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (“TJMG”), suspendendo os efeitos da decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, no âmbito da ação civil pública n° 5013909-51.2019.8.13.0024, ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais.
A decisão, proferida em 18 de março de 2019, autorizava a retomada das atividades da barragem Laranjeiras e do complexo minerário de Brucutu. Consequentemente, segundo a Vale, as operações a úmido de Brucutu foram paralisadas, em cumprimento à referida decisão do TJMG.
As suspensões de operações de minas da Vale ocorreram depois do acidente de Brumadinho, que deixou cerca de 300 mortos e provocou enormes danos ambientais após o rompimento da barragem da Mina do Feijão (na foto). A Justiça mandou suspender as operações em todas as minas que usavam a mesma estrutura de barragem de Brumadinho e de Mariana, que havia provocado desastre semelhante anos antes.
A Vale reiterou que a barragem de Laranjeiras e todas as demais estruturas geotécnicas de suporte à operação de Brucutu possuem Declarações de Estabilidade (DCE) positivas e vigentes, emitidas por auditores externos em março de 2019, e que está adotando as medidas cabíveis quanto à referida decisão.
A Vale reafirmou ainda suas projeções (guidance) de vendas de minério de ferro e pelotas de 307 – 332 Mt para 2019, anteriormente informado, e informa que a expectativa atual é que as vendas fiquem entre o mínimo e o centro da faixa.