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Resultados das empresas no 1º tri pioram com a economia fraca; confira quem ganhou e quem perdeu

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A temporada de balanços do primeiro trimestre terminou e os analistas começam a analisar os números para avaliar o desempenho das empresas e seus setores, de olho em como isso poderá afetar suas ações no futuro. De maneira geral, os resultados foram ligeiramente piores do que o esperado, acompanhando a frustração da piora da economia no primeiro trimestre. Mesmo assim, algumas empresas e setores se destacaram positivamente.

Segundo o BTG Pactual, no primeiro trimestre do ano, 31% das empresas relataram resultados melhores do que o esperado, enquanto 28% relataram números mais fracos, ou seja, uma diferença de 3 pontos percentuais, a menor diferença positiva ou negativa nos últimos cinco trimestres. Apenas como comparação, ela havia sido de 16 pontos no quarto trimestre de 2018 e 20 pontos no terceiro “Claramente, um ambiente econômico mais fraco do que o esperado está por trás da deterioração na qualidade dos resultados”, diz o relatório, assinado por Carlos Sequeira, chefe de pesquisa de ações para América Latina do BTG Pactual e pelos analistas Bernardo Teixeira e Osni Carfi.

Excluindo a Petrobras e a Vale, que por seu porte acabam distorcendo o estudo, a receita consolidada e o lucro líquido das empresas no primeiro trimestre não atingiram as estimativas do BTG, em 0,6% e 7,9%, respectivamente, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida ou Ebitda, indicador de geração de receita pela empresa) ficou 1,1% acima.

Ainda assim, o BTG destaca que, quando comparado ao ano anterior, o faturamento, o Ebitda e o lucro líquido (ex-Petro & Vale) cresceram, respectivamente, 11,4% , 12,1% e 5,7%. “Vimos uma tendência semelhante quando olhamos para as receitas consolidadas (ou seja, incluindo a Petrobras e a Vale), com as receitas faltando 0,1% para atingir nossa projeção e o Ebitda batendo em 0,4% nossa estimativa”, diz o banco. Já o lucro líquido ficou 35% abaixo do esperado pelo BTG devido a perdas pontuais.

Obs.: Revenues (receitas) e Net Income (lucro líquido). Fonte; BTG Pactual.

Entre os setores, Agronegócio, Habitação e Aluguel de Carros e Logística foram os destaques positivos no trimestre. Abaixo, a tabela resume todos os resultados por setor, com uma comparação completa dos números reais com as expectativas do BTG. Os dados estão em inglês.

Já a XP Investimentos considera que, no geral, as empresas trouxeram no primeiro trimestre deste ano resultados em linha com o esperado, com um valor de Ebitda consolidado 1% acima do projetado pela corretora, já ponderado pelo peso da ação no índice. “Em linhas gerais, vemos a performance como positiva, tendo em vista dados econômicos que surpreenderam negativamente no primeiro trimestre, como o Índice de Atividade do Banco Central, o IBC-Br, que mostrou recuo de 0,7% no primeiro trimestre versus o quarto”, diz a corretora.

Do lado dos nomes, a XP dá destaque para os bancos e as locadoras de veículos, com Bradesco e Localiza, que trouxeram fortes resultados, além de Lojas Renner, que foi exceção entre as varejistas.

Já a surpresa ruim veio por parte das empresas expostas ao ciclo global, com destaque para as commodities, com Vale e Suzano sendo os principais destaques negativos.
Do lado das empresas voltadas para o mercado doméstico, os bancos, apesar de uma atividade mais fraca, reportaram bons resultados, com o crescimento do crédito e controle de despesas mais do que compensando a queda na receita de serviços.

Também tivemos as locadoras de veículos surpreenderam positivamente, reportando crescimento e entregando expansão de margens. Os shopping centers, apesar de terem crescimento ainda tímido nas vendas totais em função de uma atividade fraca, apresentaram crescimento saudável no aluguel por m² e melhora sequencial em outras métricas operacionais.

Quanto às empresas siderúrgicas, as performances surpreenderam na comparação com o quarto trimestre, com resultados de outros segmentos, como mineração, dando sustentação aos ganhos, ao passo que as operações de aço no Brasil decepcionaram e revelaram o desafio adiante.

As aéreas, por sua vez, apesar de um ambiente de demanda positivo, tiveram resultados em linha, com o câmbio e o preço de petróleo em alta pressionando os ganhos.

Do lado negativo, as empresas de consumo reportaram resultados fracos, com exceção de Lojas Renner, com a Lei do Bem impactando negativamente o resultado das empresas online.

Finalmente, o setor elétrico divulgou resultados em linha com as estimativas, enquanto a performance de distribuidoras de combustíveis apresentou grande dispersão devido ao fraco desempenho da economia e um ambiente competitivo mais acirrado.
Quanto às empresas cíclicas globais, os frigoríficos foram o destaque negativo, com resultados fracos, mas em linha com o impacto esperado da sazonalidade do primeiro trimestre e com todo o foco no potencial impacto positivo no mercado de proteínas.

Outro setor exportador, papel e celulose, enfrentou um ambiente de demanda pressionado no curto prazo, somado a um preço de celulose que está demorando para se recuperar, o que pesou nos resultados.

Em mineração, destaque para o resultado de Vale, cujo principal foco foram as atualizações sobre Brumadinho, com o anúncio de uma provisão de US$ 4,3 bilhões,valor acima do esperado, e ainda que não considera possíveis danos ambientais e coletivos.

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