Em relatório divulgando pela Elite Investimentos, a casa reforça o otimismo para o mês de novembro. Junto a isso, os resultados trimestrais seguem como bons balizadores para as empresas, visto que as projeções para o próximo ano seguem ao rumo da prosperidade. Contudo, para a construção das Carteiras Recomendadas do mês os fundamentos com vista macro e microeconômicas são importantes para decidir qual empresa deve permanecer ou não em cada Carteira Recomendada.
Outubro terminou com o otimismo nos mercados. Lá fora, afastada a possibilidade de o Reino Unido sair da União Europeia sem acordo (o Brexit foi adiado para até 31-01-2020) e a disposição para o diálogo entre China e EUA na Trade War, foram os responsáveis pela mudança de humor.
Não se podem esquecer também das declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, logo após o esperado corte de 0,25 ponto porcentual nos juros norte-americanos. O chairman da autoridade monetária dos EUA, após o PIB do país surpreender positivamente, disse que o Fed está comprometido em estender a expansão da economia americana.
Sinais de melhora no ambiente econômico…
Por aqui, um dos destaques foi a aprovação a reforma da previdência no final do mês. Mas não ficou só nisso. O país já mostra sinais de melhora no ambiente econômico. Foram criadas 157.213 vagas com carteira, no melhor setembro desde 2013, segundo o Caged. E a inflação medida pelo IPCA-15 foi a menor resultado para um mês de outubro desde 1998, o que fez com que o COPOM reduzisse novamente a SELIC para 5 % ao ano na reunião de 29 e 30 de Outubro.
Assim, o Ibovespa voltou a bater um novo recorde de fechamento, acima dos 108 mil pontos. E mesmo com a menor diferença entre as taxas de juros do Brasil e do exterior, o dólar permaneceu relativamente comportado – inclusive fechando abaixo de R$ 4,00 no fim do mês – na expectativa da entrada de capital externo com as ofertas públicas de ações e realização do leilão da cessão onerosa, marcado para o dia 06 de novembro.
Novembro começa com boas expectativas informa Elite…
Assim, segundo Elite novembro começa com boas expectativas para a bolsa de valores com a possível volta do investidor estrangeiro ao mercado acionário (houve fluxo positivo na B3 no final de Outubro). Além da inflação baixa, que continuou possibilitando que o Copom do Banco Central permanecesse em sua trajetória de cortes na taxa básica de juros (Selic) – pelo menos até 4,5 % ao ano, segundo o último comunicado pós-reunião do Copom – a melhora do emprego e a antecipação do cronograma do saque imediato do FGTS poderão dar um pouco de gás para a lenta recuperação da economia brasileira neste último trimestre e trazer um 2020 mais otimista.
Espera-se que a briga interna no PSL, partido do presidente, não atrapalhe a pauta das reformas que devem continuar no Congresso. A agenda de reformas para 2020 poderá ser o principal gatilho para a continuidade do movimento de alta na bolsa e da recuperação da economia, com a volta da confiança. E que as eleições na Argentina e Bolívia e a crise no Chile não contaminem a confiança do investidor no país.
Apesar de balanços importantes do terceiro trimestre como da Vale e da Petrobras já terem sido apresentados ao final de outubro, este mês concentrará a maioria da divulgação dos resultados das companhias abertas. Estes resultados poderão ser um bom termômetro de como as empresas trabalharam nos cenários adversos destes últimos meses e se essa pequena melhora da atividade econômica no país já poderá ser representada em seus resultados.
Panorama de mercado enviado pela Corretora Elite Investimentos.