O investimento no mercado de capital de risco no Brasil movimentou, em outubro de 2019, US$ 180 milhões em 32 rodadas de investimentos em startups nacionais, segundo o estudo Venture Capital Brasil, conduzido pelo Distrito Dataminer.
Segundo o novo estudo, o setor que mais recebeu investimentos foi o das fintech, com 6 aportes, seguido do varejo, com 5 aportes, e depois tecnologia da informação (TI), saúde e agrotech, todos com 3 aportes cada. O valor total exato investido em Venture Capital é de US$ 181.240.964.
Entre os investimentos em blockchain e cripto mais destacados, está o aporte de US$ 515.291 da Accesstage para a CyberBlock, em dezembro de 2018, a compra da Tem BTC pelo Grupo Bitcoin Banco, em janeiro de 2019, e a compra da 03 Labs pelo Bitcoin.com, em outubro de 2019.
Ainda entre os destaques de outubro, está o SoftBank, que através de seus investimentos em Buser e Olist foi responsável por 65% de todo o valor investido no Brasil em outubro, US$ 115 milhões.
Além dele, as redes de supermercados Carrefour Brasil e Linx também são destacados na pesquisa, com o Carrefour adquirindo 49% da fintech Ewally e o Linx adquirindo a empresa paranaense de sistemas de gestão Seta Digital.
No ramo de blockchain, o principal investidor de venture capital é o Valor Capital Group, fundado em 2011 por Clifford M Sobel, ex-embaixador dos EUA no Brasil, e Scott Sobel.
Segundo a descrição do investidor, o grupo que atua entre Nova York e São Paulo inicialmente investiu em empresas edtech, fintech e healthtech, mas passou a investir em blockchain e criptomoedas recentemente:
“Os investimentos do Valor Capital Group eram inicialmente focados em edtech, fintech, supply chain, healthtech e em soluções de plataformas digitais. Entretando, nos últimos anos passou a investir também em inteligência artificial, cibersegurança, criptomoedas e blockchain.”
O estudo ainda destaca a evolução do mercado brasileiro de Venture Capital, lembrando que ele está em rápido crescimento, com o Brasil liderando a América Latina e reunindo 55,9% dos investimentos na região.
As startups unicórnio, que valem mais de US$ 1 bilhão, também proliferam no país, com exemplos como Nubank, iFood, Rappi e 99. Em 2019, até agora, foram 108 deals mapeados pelo estudo do Distrito Dataminer.
O Governo Federal do Brasil está criando um comitê com Banco Central, BNDES, CNPq, Embrapa, Finep, ABDI, Apex e Sebrae para trabalhar no estímulo às startups no país.
Para saber mais sobre o panorama completo das startups no Brasil da Venture Capital Brasil, baixe o documento completo neste link.
Por Lucas Caram