O BTG Pactual (BPAC11) divulgou em relatório enviado a clientes nesta terça-feira suas apostas para a composição do Ibovespa para o período entre maio e agosto. Composta por 73 papéis atualmente, o Ibovespa passaria a contar com 76 ativos com as entradas de Minerva (BEEF3), CPFL (CPFE3), PetroRio e Eztec (EZTC3) e a saída de Smiles (SMLS3), apostam os analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi, que assinam o relatório. A primeira prévia do índice para o período vai ser divulgada em 4 de maio pela B3, segundo o banco.
O banco projeta que Minerva, CPFL, PetroRio e Eztec vão ter, respectivamente, 0,14%, 0,35%, 0,16% e 0,25% de peso no índice. Com isso, vão exercer uma pressão de compra equivalente, respectivamente, de 0,24x, 0,58x, 0,19x e 0,35x diariamente. No caso da Smiles, sua saída vai exercer uma pressão diária de venda de 0,5x.
A B3 realiza o rebalanceamento do Ibovespa a cada quatro meses. A entrada e saída de novos ativos é de acordo com o volume diário de transações no período anterior. A última atualização foi realizada em 6 de janeiro, com a entrada de Carrefour (CRFB3) Brasil, Hapvida (HAPV3), Sul América, Cia Hering (HGTX3) e Totvs (TOTS3), sem saída de papel.
Desconcentração do Ibovespa
Os analistas do BTG avaliam que o Ibovespa passa por um processo “saudável” de desconcentração do índice. O principal índice acionário brasileiro é conhecido pela concentração do peso do índice em 5 empresas.
Há um ano, o Ibovespa era composto por 65 papéis, com 7 companhias concentrando 51% do índice. Com o rebalanceamento apontado pelo BTG, o índice passaria a contar com 76 ações, com 10 empresas concentrando 51% do peso.
O banco também aposta que Engie (EGIE3) Brasil, Light (LIGT3) e Linx (LINX3) têm potencial de entrada no Ibovespa nos próximos balanceamentos.
Aumento de peso para Óleo e Gás
A entrada de PetroRio vai elevar a participação de papéis de Óleo & Gás em 0,32 ponto percentual, enquanto as entradas de Minerva, CPFL e Eztec vão aumentar o peso de setores como alimentação, serviços públicos e imobiliário.
Por outro lado, os bancos vão diminuir sua participação em 0,29 ponto percentual.
Por Leandro Manzoni