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PMI de fevereiro avança para 52,3 ante o mês anterior, diz IHS/Markit

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O crescimento do setor industrial no Brasil acelerou em fevereiro, com as empresas reagindo positivamente a um aumento da demanda. Os dados mais recentes do PMI destacaram taxas mais rápidas de expansão dos volumes de novos pedidos e de produção e do nível de empregos, ao mesmo tempo em que o otimismo em relação aos negócios permaneceu elevado.

Um aspecto menos positivo foi que as exportações continuaram a cair, ao mesmo tempo em que o aumento mais rápido nos custos de insumos em dezesseis meses causou o crescimento mais forte nos preços de venda desde setembro de 2018. Ao mesmo tempo, o desempenho dos fornecedores piorou acentuadamente em meio a distúrbios nas cadeias de fornecimento devido ao surto do coronavírus.

Em meio a relatos de fortalecimento do dólar americano, os custos de insumos continuaram a crescer em fevereiro. Além disso, a taxa de inflação foi acentuada e a mais rápida em dezesseis meses. Em resposta ao crescimento das cargas de custos, os fabricantes aumentaram novamente suas taxas em fevereiro. A taxa de inflação de preços cobrados foi a mais acentuada em quase um ano e meio.

Ao atingir 52,3 em fevereiro (51,0 em janeiro), o Índice Gerente de Compras – PMI – IHS da Markit para o Brasil, sazonalmente ajustado, indicou a melhoria mais forte na saúde do setor desde novembro do ano passado. Expansões mais rápidas nas categorias de bens de consumo e de bens intermediários contrastaram com a retração mais acentuada por mais de três anos nos fabricantes de bens de capital.

“Após registrar um crescimento apenas marginal em dezembro e janeiro, o setor industrial brasileiro disparou em fevereiro. Impulsionadas por uma expansão sólida e mais forte na demanda, as empresas intensificaram a produção e a atividade de contratação. Esses desenvolvimentos positivos, aliados a um elevado nível de sentimento positivo em relação aos negócios, são bons presságios para a sustentabilidade dessa recuperação nos próximos meses”, disse a economista principal da IHS Markit, Pollyanna De Lima.

A produção consolidada cresceu com o ritmo mais rápido em três meses, com várias empresas citando como causas melhorias na demanda e nas condições econômicas, assim como iniciativas de reposição de estoques.

Os pedidos de fábricas também aumentaram da maneira mais significativa desde novembro passado. As evidências destacaram lançamentos de novos produtos e novas parcerias como os principais propulsores do crescimento das vendas.

A quantidade de novos trabalhos foi, em grande parte, gerada internamente, com os fabricantes continuando a indicar uma queda nos pedidos para exportação. Porém, a contração mais recente nas vendas internacionais foi a mais lenta no atual período de seis meses de redução.

“Mesmo assim, os comentários dos entrevistados da pesquisa e de outros índices PMI destacam uma série de riscos para as perspectivas de negócios. O enfraquecimento prolongado da moeda continuou a aumentar as despesas das empresas. Por sua vez, os preços de fábrica foram aumentados da maneira mais significativa em quase um ano e meio, o que poderia restringir a demanda no curto prazo. Paralelamente, as exportações caíram pelo sexto mês consecutivo”, avaliou.

As evidências recentes de capacidade ociosa começaram a desaparecer, com fevereiro indicando o declínio mais lento no volume de negócios inacabados em um ano. O ritmo de redução foi apenas fracionário.

Um fator que contribuiu para a queda dos pedidos em atraso foi o crescimento constante do nível de empregos. O número de funcionários do setor industrial aumentou pelo segundo mês consecutivo e pela taxa mais rápida desde setembro de 2019. As empresas que contrataram funcionários extras mencionaram como causas a melhoria da demanda e os planos de expansão dos negócios.

O grau de otimismo no setor industrial permaneceu elevado em fevereiro, com as empresas antecipando que investimentos, maior número de clientes e diversificação de produtos impulsionem o crescimento da produção no próximo ano.

As empresas monitoradas indicaram que os níveis mais baixos de estoque junto aos fornecedores e o coronavírus (COVID-19) causaram atrasos na entrega de materiais. A deterioração no desempenho dos fornecedores foi uma das mais acentuadas nos quatorze anos de história da pesquisa. Por sua vez, os estoques de compras diminuíram ainda mais.

“No que diz respeito ao abastecimento, o surto do coronavírus na China e os seus efeitos prejudicaram as cadeias de abastecimento em todo o mundo. As empresas brasileiras observaram um dos aumentos mais fortes nos prazos de entrega de insumos na história da pesquisa e espera-se que surjam novas interrupções econômicas globais devido ao surto do coronavírus”, concluiu.

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