A elétrica mineira Cemig lançou um novo Programa de Desligamento Voluntário Programado para seus funcionários nesta segunda-feira, em meio a medidas da companhia para reduzir custos.
O plano mira trabalhadores que completem em 2020 ao menos 25 anos de serviços na empresa de energia controlada pelo governo de Minas Gerais ou suas subsidiárias de geração e transmissão (Cemig GT) e distribuição (Cemig-D), informou a empresa à Reuters.
A Cemig é negociada na B3 através dos códigos (BOV:CMIG3) e (BOV:CMIG4).
A iniciativa da Cemig segue-se a uma recente mudança no comando da empresa, que desde meados de janeiro é presidida pelo economista Reynaldo Passanezi Filho —ele substituiu no cargo o executivo Cledorvino Belini, ex-presidente da Fiat no Brasil.
O período para adesão ao plano de desligamentos será de 4 de maio a 22 de maio, acrescentou a elétrica, confirmando informações publicadas mais cedo pela Reuters com base em documento interno da empresa.
A Cemig não informou metas do plano ou projeções de adesão. A companhia destacou apenas que o PDVP do ano passado atraiu aproximadamente 600 funcionários e proporcionou economia anual de cerca de 150 milhões de reais.
Uma fonte da empresa disse à Reuters que os critérios para enquadramento permitiriam atingir cerca de 1.000 pessoas, enquanto o objetivo da Cemig com o programa seria próximo de 400 adesões.
O programa prevê pagamento aos desligados de verbas rescisórias incluindo 50% do aviso prévio e depósito equivalente à multa de 20% do valor base do FGTS, segundo um documento interno da companhia.
Os empregados que aderirem ainda terão a título de indenização, como prêmio, incentivo financeiro de 50% do aviso prévio e mais valor equivalente à multa de 20% do valor base do FGTS para fins rescisórios.
Os desligamentos decorrentes do plano têm início previsto a partir de junho de 2020, de acordo com o documento da empresa.
Por Luciano Costa