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Gol vende mais bilhetes e negocia com governo

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De acordo com o Valor Econômico, a Gol (BOV:GOLL4) viu um aumento nas suas vendas de passagens aéreas ao longo de junho. A recuperação na demanda dos consumidores acontece no momento em que a companhia negocia com o governo federal a venda de R$ 100 milhões em passagens – uma medida em estudo para ajudar a empresa a enfrentar os impactos da pandemia de covid-19.

De acordo com a companhia, na semana passada, as vendas de passagens aumentaram 27% em relação à semana anterior. Considerando a semana de 22 de março, quando teve início a quarentena no Brasil, as vendas da Gol na última semana aumentaram 196%. Já em comparação com o mesmo intervalo de 2019, as vendas ainda estão 81% menores.

No fim de março, a Gol reduziu a oferta de aproximadamente 900 voos por dia para 50 voos. Em maio, ampliou a oferta para 70 voos diários e, neste mês, para cem voos. Para julho, a Gol prevê dobrar a oferta e retomar voos para o Nordeste. Até dezembro, a Gol estima chegar a 80% da oferta de voos que oferecia no fim de 2019. No começo do mês, a companhia estimava fechar o ano com 65% a 75% da oferta registrada um ano antes.

“Os números que vemos em junho são muito positivos. Julho mostra tendência de aumento nas vendas de 60% em relação a junho”, afirmou Eduardo Bernardes, vice-presidente da Gol. O executivo disse que há um aumento da demanda de passageiros que pretendem voar para visitar parentes e amigos. Até junho, a demanda era concentrada em passageiros que viajavam a negócios ou para algum compromisso inadiável, como cirurgias.

Celso Ferrer, vice-presidente de operações da Gol, disse que a pandemia de covid-19 oferece uma “oportunidade única” para as companhias reconstruírem a malha aérea, passando a oferecer novas rotas. “Vemos muitas oportunidades de oferta de voos na região central do Brasil e no Norte”, disse. O foco da Gol tem sido oferecer voos em cidades de grande densidade populacional.

Paulo Kakinoff, presidente da Gol, disse em um evento on-line para investidores de Nova York, que considera a companhia preparada para superar a pandemia de covid-19. O executivo citou diversos ajustes realizados pela empresa nos últimos meses, incluindo acordos de redução de salário e jornada, renegociação de contratos para reduzir a frota em até 20% até 2022 e extensão da amortização das debêntures em março de 2020 para março de 2022.

A Gol obteve mais de R$ 3 bilhões em fontes de liquidez adicionais (ativos não onerados, caixa restrito, depósitos). “A companhia está preparada para superar a pandemia. Temos liderança em aeroportos de grande densidade, como Guarulhos, Congonhas, Galeão, Santos Dumont e Salvador. Isso nos dá vantagem competitiva na fase de recuperação do mercado”, disse Kakinoff.

O executivo disse que espera concluir até o fim da semana que vem o acordo para um empréstimo de R$ 2 bilhões com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e de bancos privados. “A execução do empréstimo deve se dar em julho, caso a empresa decida tomar o recurso”, afirmou Kakinoff.

Questionada sobre a recuperação judicial da Latam e da Avianca Holdings, afetadas pela pandemia, a Gol informou que não espera chegar a esse ponto. “A Gol é hoje a empresa melhor preparada para enfrentar a pandemia e se beneficiar da fase de recuperação do mercado”, afirmou Constantino de Oliveira Júnior, presidente do conselho de administração da Gol. A aérea também disse ver como positivo o compartilhamento de voos entre Latam e Azul, por promover uma “oferta racional” de voos.

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