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Taurus já é a segunda marca mais importada nos EUA

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O Brasil, nos últimos anos, vem ganhando cada vez mais espaço no maior e mais competitivo mercado de armas, o dos EUA, atrás apenas da Áustria. A Taurus (BOV:TASA4), principal empresa brasileira, é a segunda marca mais importada pelo mercado norte-americano. A conclusão é fruto de comparação e cruzamento de dados disponíveis em fontes norte-americanas realizada pela LRCA Consultoria.

No ano de 2015, após a mudança do controle acionário da Taurus, as exportações de armas do Brasil para os EUA cresceram 128,58% em relação a 2014, com a gestão anterior. Da mesma forma, comparando-se o total exportado em 2018 com o total exportado em 2014, o crescimento foi de 212,86%, contra uma média de 10,20% das principais concorrentes do setor, indicando uma mudança na gestão da empresa e um crescimento vertiginoso da participação da marca brasileira nas exportações para os EUA.

Os dados do levantamento não levaram em conta os números de 2019, devido ao relatório anual ainda não ter sido publicado pelo Departamento de Justiça Americano. Deixaram também de constar as exportações de pistolas da Imbel, dado ao pequeno volume, e da CBC e da Boito, pois só exportam espingardas.

De acordo com os dados analisados, o Brasil, representado pela Taurus (sua principal fabricante), apesar de ser hoje a segunda maior exportadora de armas curtas para os EUA, apresenta uma taxa de crescimento muito superior à Áustria que ocupa a primeira colocação, representada por sua principal fabricante Glock.

É importante ressaltar que tanto a Taurus quanto a Glock possuem unidades fabris nos Estados Unidos, fato este que pode distorcer uma análise simplista dos dados, uma vez que a unidade americana da Glock, por ter capital fechado, protege seus números mais sensíveis, não se podendo tabulá-los.

Além de tradicionalmente ser o maior mercado mundial para armas, os Estados Unidos vivem, em 2020, o maior boom de vendas de armas de sua história, motivado pela insegurança causada por três fatores: pandemia, eleições presidenciais e manifestações. O que o torna um mercado ainda mais promissor.

Estima-se que, nos Estados Unidos, seis milhões de armas foram vendidas desde o início do surto de coronavírus em março, já que maio marcou o terceiro mês consecutivo de recorde de vendas. Dentro desse número sem precedentes de vendas de armas de fogo na primeira parte do ano, mais de dois milhões de americanos se tornaram proprietários de armas pela primeira vez.

Só em maio de 2020, mais de 1,7 milhão de armas foram vendidas, de acordo com uma análise da Small Arms Analytics & Forecasting. Esse é o recorde de todos os tempos no mês e um aumento de 80% em relação a 2019. Jurgen Brauer, economista-chefe do grupo, declarou em comunicado que “as vendas de armas de fogo aumentaram de maneiras sem precedentes. O boom nas vendas de armas de fogo tem sido particularmente notável nos últimos meses”.

A análise das vendas de armas é baseada em dados do Sistema Nacional de Verificação de Antecedentes Penais do FBI (NICS), mas não captura todas as vendas no país. Embora as verificações do NICS sejam necessárias em quase todas as vendas de armas realizadas por revendedores licenciados, a maioria dos estados não as exige na venda de armas usadas por cidadãos particulares, e várias vendas podem ser realizadas durante uma única verificação.

Em 2019, a Taurus produziu cerca de 1,2 milhão de armas de fogo, sendo 889 mil em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e 310 mil na unidade americana, o que corresponde a mais de 5 mil unidades diariamente. Do 1,3 milhão de armas da empresa vendidas no ano passado, 1,1 milhão (quase 85%) foi para os EUA.

Até o meio desse ano, duas linhas de produção de pistolas (dos modelos G2C: a mais vendida no mundo e preferida dos americanos; e TS9) serão transferidas para os EUA a fim de aproveitar a alta demanda. Outro fator determinante para essa decisão, segundo o presidente da Taurus, Salesio Nuhs, é a limitação de investimentos para aumento da capacidade produtiva no Brasil, em razão da falta de incentivos nacionais e de isonomia tributária e regulatória frente às fabricantes estrangeiras que só exportam para o país, sem gerar empregos e renda.

Sobre a possibilidade de expansão da unidade americana, Salesio afirma que o mercado está aquecido e a fábrica da Taurus na Geórgia, inaugurada no ano passado, está preparada para mais do que dobrar a capacidade de produção. “Mesmo assim, não excluímos quaisquer outras alternativas que podem ser levadas em conta para aumento de produção nos EUA”, conclui.

Para conferir a análise da LRCA Consultoria acesse: https://www.lrcadefenseconsulting.com/2020/06/taurus-avanca-nos-eua-para-onde-brasil-eh-segundo-maior-exportador.html

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