Nessa terça-feira (30), SKALE Network, protocolo de escalabilidade de segunda camada compatível com a Ethereum, lançou sua rede principal.
Escalabilidade é a capacidade de um sistema ou rede se ampliar e fazer a gestão da crescente demanda. Primeira camada é o termo usado para descrever a arquitetura principal e subjacente do blockchain.
Segunda camada é uma estrutura secundária ou um protocolo secundário criados acima de um sistema blockchain existente, em que o objetivo principal é aumentar a velocidade de transações e resolver as dificuldades de escalabilidade enfrentadas por grandes redes cripto.
SKALE apresenta uma rede blockchain “elástica” que permite a desenvolvedores aplicarem chains configuráveis e independentes capazes de processar aplicações descentralizadas (dapps).
Cada chain do SKALE (ou “repartição dinâmica”, do inglês “dynamic shard”) usa um subconjunto aleatoriamente selecionado do pool de validação da rede para verificar transações e alterações de estado.
Esse lançamento é a primeira etapa no plano de lançamento de três fases da rede principal SKALE.
1ª fase: a rede atual não está completa, pois não fornece suporte a nenhuma recompensa por staking, transferência de tokens ou acesso público a vagas de validadores.
2ª fase: após a futura venda de tokens SKALE, a segunda fase apresentará staking e a nova emissão enquanto mantém a restrição de transferências e listagem em corretoras.
3ª fase: a etapa final será o início de uso da rede para sua finalidade.
Agora, SKALE entra para uma lista crescente de soluções de escalabilidade compatíveis com a Ethereum a ter sido lançada nos últimos meses.
A lista inclui OMG Network (que também firmou parceria com a tether recentemente), Matic Network, zkSync da Matter Labs, a nova corretoradescentralizada (DEX) da DeversiFi alimentada pela tecnologia Starkware, e zkRollup da Loopring para transferência de tokens, entre outras.
SKALE, junto com essas outras soluções de escalabilidade, não poderia ter vindo em melhor hora.
As taxas de transações na Ethereum ficaram altíssimas nos últimos meses e atingiram níveis tão altos quanto os de 2018, tornando a interação com grande parte das aplicações bem irracional, economicamente falando.
O aumento nas taxas até fez com que mineradores começassem a aumentar o limite de gás da rede, o que impõe um maior obstáculo para operadores de nós e equipes de desenvolvimento de clientes. Ambos os cenários são indesejáveis e insustentáveis, respectivamente.
Além disso, a solução viável e imediatamente disponível é que as aplicações atuais na Ethereum comecem a ser integradas com infraestruturas de escalabilidade de segunda camada.
Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento