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Braskem para reduzir a alavancagem financeira e reforçar a liquidez avalia venda de ativos não estratégicos

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Maior fabricante de resinas das Américas, a Braskem (BOV:BRKM5) está avaliando a venda de ativos não estratégicos para reduzir a alavancagem financeira e reforçar a liquidez, em um momento que combina ciclo de baixa da petroquímica, impactos da covid-19 na economia global e o provisionamento bilionário de recursos para solucionar o problema da mineração de sal-gema em Maceió (AL). Ao mesmo tempo, a iniciativa permitirá à empresa se concentrar nas atividades fim. Foi apurado que ativos que não estão diretamente relacionados ao negócio petroquímico poderiam entrar no pacote de desinvestimentos, incluindo a participação na empresa de serviços ambientais Cetrel.

Embora seja relevante para as operações da Braskem e de outras empresas do polo de Camaçari, a Cetrel não está entre os seus ativos mais estratégicos. Responsável pela gestão e tratamento de efluentes e resíduos industriais, monitoramento ambiental e fornecimento de água para o polo industrial baiano, a Cetrel já foi vendida, e posteriormente recomprada, pela petroquímica.

A Braskem vendeu a fatia de cerca de 54% que detinha na Cetrel e na Distribuidora de Água de Camaçari (DAC) em 2012 para a Odebrecht Ambiental, por R$ 652 milhões. Sob o comando da Ambiental, a DAC, que produz água potável e desmineralizada e faz a gestão do reservatório de água usada no combate a incêndios no polo baiano, foi incorporada à Cetrel.

Diante da venda da Odebrecht Ambiental para a Brookfield, em 2017, a Braskem propôs a recompra da Cetrel por R$ 610 milhões – assumindo uma fatia de 64% na empresa, que também tem como acionistas outras empresas do polo de Camaçari. Nesse mesmo ano, a petroquímica vendeu por R$ 550 milhões outro de seus grandes ativos não considerados estratégicos, a distribuidora de produtos químicos quantiQ.

Em teleconferência para comentar os resultados do segundo trimestre, o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Braskem, Pedro Freitas, disse que a companhia segue avaliando a venda de ativos não estratégicos, dentro de um pacote mais amplo de redução de alavancagem, reforço de caixa e recuperação do grau de investimento, que incluiu a redução dos investimentos em 2020 e o corte em 10% dos custos fixos. O executivo, porém, não entrou em detalhes sobre esses estudos.

Ao fim de junho, a alavancagem financeira da Braskem estava em 6,77 vezes pela relação entre dívida líquida e resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em dólares, já incluindo a emissão de US$ 600 milhões em notas subordinadas híbridas com vencimento em 2081 – que reduziu a dívida líquida a US$ 6 bilhões. Há um ano, esse índice estava em 2,88 vezes. Na mesma data, a companhia tinha em caixa US$ 2,8 bilhões, suficiente para fazer frente aos vencimentos em 43 meses.

A combinação de condições adversas no segundo trimestre levou a Braskem a consumir R$ 980 milhões em caixa. Nos três primeiros meses do ano, a queima foi menor, de R$ 524 milhões. Conforme Freitas, a petroquímica deve reduzir o consumo de caixa ao longo do segundo semestre, uma vez que as importações de nafta no Brasil vão crescer ligeiramente em relação ao visto no primeiro semestre. Mas não é possível afirmar que a companhia encerrará o ano como geradora de caixa livre.

O aumento das exportações de resinas a partir do Brasil compensou parte da queda na demanda doméstica, provocada pela crise da covid-19, ao longo do segundo trimestre. No intervalo, as vendas da Braskem no mercado brasileiro caíram 19% ante os três primeiros meses do ano e 15% na comparação anual, para 719 mil toneladas.

Diante disso, a petroquímica brasileira elevou os embarques a partir das unidades industriais no Brasil, para 332 mil toneladas, de 289 mil toneladas no primeiro trimestre. Ainda assim, o volume ficou abaixo das 356 mil toneladas exportadas um ano antes.

Sazonalmente mais forte, o terceiro trimestre deve trazer recuperação das vendas no mercado doméstico. Para o ano, a expectativa da companhia é de queda de 6% na demanda brasileira de resinas termoplásticas, influenciada pela pandemia.

Por Stella Fontes, Valor

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