O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou a alta a 2,34% em julho ante 1,60% no mês anterior em meio ao forte avanço das matérias-primas brutas no atacado, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A expectativa era de uma alta de 2,19%.
De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, teve avanço de 3,14% no mês, de 2,22% em junho.
O destaque ficou para a alta de 6,53% das Matérias-Primas Brutas, depois de subirem 2,16% em junho.
“(O) grupo (foi) influenciado pela alta de 9,27% no preço do minério de ferro”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que responde por 30% do IGP-DI, acelerou a alta a 0,49% em julho, de 0,36% no mês anterior.
Os preços de Habitação passaram de uma estabilidade em junho para alta de 0,79% em julho, enquanto o avanço dos custos de Saúde e Cuidados Pessoais acelerou de 0,18% a 0,58%.
A alta de 1,17% do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), depois de um avanço de 0,34% no mês anterior, também contribuiu para o resultado do mês do IGP-DI.
Materiais e equipamentos subiram 1,12% no mês de julho, enquanto mão de obra avançou 1,37%.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.