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Microsoft lança Azure Orbital, competindo com a Amazon, e aprimora outros serviços

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A Microsoft (NASDAQ:MSFT) anunciou na terça-feira ferramentas para aprimorar aplicativos com recursos de chamadas e mensagens de texto.

O lançamento demonstra uma das maneiras como a Microsoft (EU:MSFT) está tentando expandir seus negócios em nuvem entrando em mercados individuais menores. A empresa pode persuadir os clientes existentes a experimentar essas ferramentas em vez de formar relacionamentos com empresas de software menores.

A Azure Communications Services da Microsoft inclui interfaces de programação de aplicativos que possibilitam que aplicativos de terceiros façam chamadas de voz e vídeo, troquem mensagens de bate-papo, enviem mensagens de texto e criem números de telefone para chamadas de entrada e saída.

Empresas como 8×8, RingCentral  e Twilio  já oferecem algumas dessas capacidades. Amazon Web Services (AWS), o maior provedor de infraestrutura em nuvem, oferece serviços para embutir mensagens de texto e chamadas de vídeo nos aplicativos dos clientes.

Executivos da Microsoft disseram que a empresa não competiria com seus próprios clientes. O principal provedor de nuvem do Twilio não é a Microsoft. A empresa depende da AWS para a grande maioria de suas necessidades de infraestrutura em nuvem. O RingCentral usa sua própria infraestrutura de data center, enquanto o 8×8 usa uma combinação de seus próprios data centers, AWS e nuvem pública Oracle.

Se a noção de que a Microsoft é capaz de realizar videoconferências e conversas por chat soa familiar, é porque ela inclui o Microsoft Teams, o aplicativo de comunicação que compete com o Slack e o Zoom . A mesma tecnologia dentro do Teams está agora disponível para os clientes da Microsoft usarem, disse Scott Van Vliet, vice-presidente corporativo, à CNBC em uma entrevista na segunda-feira. Com o tempo, a Microsoft deseja permitir que os clientes que usam os Serviços de Comunicação do Azure se conectem ao Teams, disse Van Vliet.

Pessoas em outras áreas da Microsoft, como aquela que desenvolve o serviço Azure Active Directory, expressaram interesse em usar os serviços de comunicação baseados em nuvem da Microsoft em seus próprios aplicativos e, a partir daí, ficou claro que a Microsoft deveria expor as tecnologias de forma mais ampla, Van Vliet disse.

Mais de um terço da receita da Microsoft vem do grupo de produtos Commercial Cloud, que inclui a nuvem pública Azure, assinaturas de negócios para os aplicativos de produtividade do Office 365 que incluem Teams, serviços comerciais do LinkedIn e versões em nuvem dos aplicativos empresariais do Dynamics 365. A Microsoft buscou expandir o Commercial Cloud em parte melhorando seus processos de vendas em setores específicos e lançando um pacote direcionado aos trabalhadores da linha de frente durante a pandemia Covid-19 .

Também na terça-feira a Microsoft anunciou o Azure Orbital, um serviço para processamento de dados de satélites. E a empresa disse ainda este ano que o aplicativo de comunicação Teams permitirá que uma pessoa fazendo uma apresentação apareça em primeiro plano enquanto o aplicativo exibe slides do PowerPoint em segundo plano.

O Azure Orbital conecta satélites diretamente à sua rede de computação em nuvem, anunciou a empresa em sua conferência Ignite terça-feira.

O serviço começará em uma “visualização privada” para um grupo selecionado de clientes Microsoft.

A Microsoft tem planos para desafiar o serviço Ground Station disponível na Amazon Web Services. Amazon e Microsoft são os dois maiores provedores de infraestrutura em nuvem, com data centers em lugares distantes que podem hospedar sites e executar aplicativos usando uma variedade de serviços de computação e armazenamento.

“Com acesso a redes de fibra globais de baixa latência e a escala global dos serviços em nuvem da Microsoft, os clientes podem inovar rapidamente com grandes conjuntos de dados de satélite”, escreveu Yves Pitsch, gerente de produto principal da Microsoft, em um blog. “A nuvem é fundamental para os cenários de comunicação modernos para operações remotas e para a coleta, processamento e distribuição de enormes quantidades de dados do espaço.”

A Azure Orbital inscreveu as empresas de satélite Amergint, Kratos , Kongsberg Satellite Services e Viasat  como parceiros, escreveu Pitsch.

Em documento, a Microsoft delineou sua intenção de construir uma rede de estações terrestres e mostrar aos operadores de satélite os benefícios potenciais de se conectar à nuvem Azure. A FCC autorizou a Microsoft a realizar demonstrações de prova de conceito do serviço, com a empresa planejando conectar um satélite espanhol de imagens a duas estações terrestres – ambas localizadas no estado natal da Microsoft, Washington – para mostrar que pode baixar diretamente os dados do satélite para a Nuvem Azure para processamento imediato ”, afirmam os documentos. A Microsoft propôs construir ela mesma uma das duas estações terrestres em seu data center em Quincy, Wash.

A Amazon lidera o crescente mercado de computação em nuvem, com 45% em 2019, enquanto a Microsoft tinha cerca de 18%, de acordo com a empresa de pesquisa da indústria de tecnologia Gartner. O anúncio do Azure Orbital da Microsoft chega quase dois anos depois que a AWS lançou a Ground Station .

A infraestrutura em nuvem fornece a maior parte da receita operacional da Amazon. No caso da Microsoft, o Azure está crescendo mais rápido do que outros produtos, como o Windows.

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