A Nvidia (NASDAQ:NVDA) anunciou neste domingo (13) a aquisição da fabricante de chips Arm, do Softbank, por US$ 40 bilhões (cerca de R$ 211 bilhões).
A empresa é negociada na B3 através da BDR (BOV:NVDC34).
De acordo com a Nvidia, de processamento gráfico, a operação tem como objetivo criar uma marca de computação para a era da inteligência artificial que tenha potencial para chegar a mercados grandes e de alto crescimento.
“A IA é a força de tecnologia mais poderosa de nosso tempo e lançou uma nova onda de computação. Nos próximos anos, trilhões de computadores criarão uma nova Internet das Coisas que é milhares de vezes maior do que a Internet das pessoas de hoje”, afirmou Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia, em comunicado.
Com sede em Cambridge, Inglaterra, a ARM pertencia ao grupo japonês SoftBank desde 2016. Em julho daquele ano, o conglomerado desembolsou US$ 32 bilhões pelo negócio. O objetivo era não só manter o modelo de licenciamento de arquitetura que é base das operações da ARM, mas também fazer o grupo avançar em áreas como inteligência artificial.
Porém, nos anos seguintes, a SoftBank enfrentou problemas financeiros, em grande parte devido aos investimentos desastrosos direcionados à WeWork. A venda da ARM é uma forma de recuperar o caixa e diminuir a exposição do grupo aos riscos de um negócio tão sofisticado — a SoftBank não tem experiência no segmento de semicondutores.
Ao mesmo tempo, a compra deve fortalecer ainda mais a Nvidia. A empresa já vive um bom momento. Neste ano, ela se tornou a companhia de semicondutores mais valiosa dos Estados Unidos, anunciou a promissora série de placas de vídeo RTX 3000 e fechou seu último trimestre fiscal com lucro de US$ 622 milhões.
Entre seus clientes, estão grandes marcas, como Apple, Samsung e Qualcomm.
A transação ainda está sujeita a aprovação de orgãos regulatórios e deve ser finalizada em 18 meses.
Jensen Huang, CEO da Nvidia, já deixou claro que a aquisição deverá reforçar a participação da companhia em um setor no qual ela já tem força: o de inteligência artificial.
“Nos próximos anos, trilhões de computadores executando inteligência artificial criarão uma internet das coisas milhares de vezes maior do que a internet para pessoas que temos hoje. Nossa combinação [de tecnologias] criará uma empresa fabulosamente posicionada para a era da IA”, disse o executivo.